Muita gente que mora por aqui nem sabe, mas a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) é uma verdadeira meca do montanhismo. Pertinho da Capital, por exemplo, estão algumas das maiores montanhas da região Sul do Brasil. São os casos do Pico Paraná (1.878 metros), do Pico Caratuva (1.860m) e do Pico Itapiroca (1.805), todos localizados na Serra do Ibitiraquire. Além disso, considera-se a conquista do Marumbi, uma cadeia de montanhas em Morretes, no litoral do Paraná, como o marco inaugural do esporte no Brasil. Não à toa, 21 de agosto celebra-se o Dia Nacional do Montanhismo.
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Para quem está querendo começar a praticar a atividade, no entanto, o ideal é encarar alguns desafios “menores” antes de se aventurar num dos colossos paranaenses. O que pode ser também uma oportunidade para quem já tem algum preparo físico e só quer passar um tempo em contato com a natureza.
Por isso, o Bem Paraná separou uma lista com alguns morros pertinho de Curitiba que podem ser considerados mais fáceis de se subir (muito bem sinalizadas e com exigência física menor). Mas que mesmo assim oferecem um visual espetacular para quem quer dar uma “pernada” no meio do mato.
Morro do Cal
O Morro do Cal fica em Campo Largo e possui uma altitude de 1.050 metros. É um lugar é muito procurado por pessoas que saltam de parapente, que oferece três trilhas que levam até o cume. Cada uma delas tem nível diferenciado de dificuldade, mas mesmo a trilha chamada “difícil” não oferece grande dificuldade, embora seja mais extensa, íngreme e arenosa/pedregosa do que as outras. Além disso, é possível ainda fazer um passeio inusitado, subindo e/ou descendo o morro a bordo de um trator. Cobra-se um valor de entrada por pessoa, já que é uma área particular. Por outro lado, o local conta com uma boa estrutura em sua base (com restaurante, lanchonete e banheiros) e há ainda a possibilidade de acampar.
Morro Pão de Loth
Fica na Serra da Baitaca, em Quatro Barras, lugar acessível até de ônibus. Há quem considere o Pão de Loth, com cerca de 1.300 metros de altitude, o melhor “custo-benefício” montanhoso da região. Isso porque sua trilha, embora relativamente longa (cerca de 4,5 quilômetros de extensão), não oferece grande dificuldade técnica. É uma caminhada, na maior parte do tempo, menos íngreme do que a subida para outros morros. E no cume, a recompensa é grande: de um lado, vê-se o conjunto Marumbi, de frente, e a baía de Antonina. Do outro, a represa do Iraí, em Piraquara, e a própria cidade de Curitiba.
Morro do Getúlio
O Getúlio, com 14.90 metros, fica em Campina Grande do Sul e é uma espécie de “morro de passagem”, já que os montanhistas precisam subi-lo para depois acessar Picos como o Paraná, o Caratuva, o Itapiroca e o Taipabuçu. É uma caminhada sem grande dificuldade técnica (cordas e grampos), mas que já começa com uma subida um pouco mais puxada. Andando só um pouquinho pela trilha, no entanto, já se chega num lugar conhecido como Pedra do Grito, uma espécie de mirante de onde se pode admirar a represa do Capivari. Chegando no cume, vê-se outras montanhas mais famosas da Serra do Ibitiraquire.
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Morro do Anhangava
Também localizado na Serra da Baitaca, em Quatro Barras. Tem 1.420 de altitude e a trilha é curta, com cerca de três quilômetros e meio de extensão até o cume. A partir de uma bifurcação (com uma placa que indica o caminho até a base do IAT, o Morro do Samambaia e o Anhangava), no entanto, a caminhada se torna mais íngreme. Além disso, há um paredão de grampos a ser enfrentado já no fim da subida, seguido ainda por uma rampa de pedras. Um bom desafio para quem já está atrás de uma aventura tecnicamente um pouco mais puxada.
Morro do Canal
Fica em Piraquara, mais ou menso 1.350 metros acima do nível do mar, sendo um dos cumes do Parque Estadual do Marumbi. Assim como o Anhangava, já é uma trilha um pouco mais difícil que as três primeiras apresentadas, já que você vai caminhar quase que o tempo todo subindo e existem vários grampos a serem vencidos. No cume do Morro do Canal, no entanto, é possível apreciar, bem de frente, a represa, a cidade de Piraquara e, mais ao fundo, a cidade de Curitiba. Ao lado ainda se vê outros dois morros, o Vigia e a Torre Amarela, sendo possível fazer um circuito passando pelos três cumes (o que já exige um preparo físico e uma noção de navegação um pouco melhor). Na base, há uma lanchonete e ótimas opções de pastéis.