
As condições climáticas registradas durante o ano safra 2020/2021 impactaram as lavouras e a nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção brasileira de grãos no período é de 254 milhões de toneladas, volume menor que a safra anterior em 1,2%. Já ao Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado ontem pelo IBGE diz que a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve totalizar 256,1 milhões de toneladas, 0,8% a mais a última.
Apesar de conflitantes quanto ao volume final da safra, ambas apontam que as condições do clima, com poucas chuvase e geadas mais fortes, influenciaram para que a produção não fosse maior. Entre as culturas mais afetadas destaca-se o milho e as hortaliças.
Um dos efeitos que já é sentido no mercado é a alta no preço dos produtos com mais quebra na safra. No mês de julho de 2021, 12 de 18 produtos do campo (vegetais e animais) analisados tiveram elevações de preços no estado de São Paulo, um indicador para as demais regiões.
“Nas próximas semanas, o consumidor vai sentir o aumento do preço desses produtos, mas os valores devem se estabilizar e voltar ao normal dentro de um prazo de um a dois meses”, diz a professora de Economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Nadja Heiderich.
No Paraná, a conjunção de fenômenos como estiagem em momentos cruciais de algumas das principais culturas agrícolas paranaenses, as fortes geadas ocorridas no final de junho e meados de julho e a agressividade de algumas pragas levaram à redução de até 16% na estimativa da safra de grãos 2020/21. Até mesmo as culturas de frutas serão prejudicadas com gradação que vai de poucos estragos a grandes perdas.