O Paraná alcançou a marca de 421,61 toneladas de lixo eletrônico coletadas em 2024, sendo 417,12 toneladas de eletroeletrônicos e 4,49 toneladas de pilhas e baterias. Atualmente o estado conta com 89 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) para eletroeletrônicos e 519 para pilhas e baterias, distribuídos em mais de 140 municípios. Os dados são segundo a Green Eletron, principal entidade gestora de logística reversa de desses materiais no Brasil.
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O desempenho paranaense acompanha os avanços nacionais. No mesmo período, foram recolhidas em todo o país mais de 7,3 mil toneladas de eletroeletrônicos e cerca de 101 toneladas de pilhas e baterias. No acumulado contabilizado desde 2016, o Brasil já ultrapassou 20 mil toneladas de resíduos eletrônicos, o equivalente ao peso de 12.700 carros populares.
De acordo com Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron, “o crescimento contínuo desses números é reflexo direto do fortalecimento da infraestrutura de logística reversa, que facilita o descarte correto e estimula o envolvimento da sociedade e das empresas”.
Sem coleta de lixo eletrônico, há sérios riscos ambientais
O descarte inadequado de lixo eletrônico, por outro lado, representa sérios riscos ambientais. Quando destinados a lixões ou queimados a céu aberto, os eletroeletrônicos podem contaminar o solo, os lençóis freáticos e a atmosfera, contribuindo inclusive para a emissão de gases de efeito estufa. Sendo assim, cada item dirigido à reciclagem representa um avanço importante na construção de um modelo de desenvolvimento mais sustentável e de menor impacto ambiental negativo.
Após a coleta e destinação correta, os componentes eletrônicos passam por um processo de separação: metais ferrosos e não ferrosos, plásticos, placas eletrônicas, baterias e vidro são direcionados a recicladoras especializadas, onde são transformados em nova matéria-prima. Essa etapa permite recuperar insumos valiosos como cobre, alumínio, plásticos e metais preciosos, reduzindo a necessidade de extrair novos recursos naturais. “Além de promover a preservação do meio ambiente, esse modelo impulsiona o crescimento econômico e social, fomentando novas atividades produtivas e aumentando a conscientização da população sobre a necessidade do descarte adequado”, complementa Ademir.
Como participar da coleta de lixo eletrônico
Para contribuir para novos avanços na coleta de lixo eletrônico, é possível localizar o Ponto de Entrega Voluntária mais próximo no site, nos quais se pode descartar pilhas comuns de zinco-manganês, pilhas alcalinas, pilhas recarregáveis e baterias portáteis, além de produtos elétricos e eletrônicos, como celulares, carregadores, fones de ouvido, notebooks, brinquedos eletrônicos ou eletroportáteis de uso doméstico.
Sobre a Green Eletron
A Green Eletron é uma entidade gestora de logística reversa de produtos eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis. A organização sem fins lucrativos, fundada em 2016 pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), auxilia as empresas no atendimento da Lei Federal n° 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS), por meio da gestão de um sistema coletivo, no qual representa um grupo de empresas (fabricantes, importadores e distribuidores) associadas. O foco do programa é o descarte de consumidores domésticos.