Com cortes, UFPR não terá como pagar contas básicas e bolsas já em dezembro, mas vai manter um RU em funcionamento

Redação Bem Paraná

UFPR. Franklin de Freitas

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) informou na noite desta terça (6) que os cortes efetuados pelo governo de Jair Bolsonaro que zeraram as contas deixou a instituição sem condições financeiras de saldar já no mês de dezembro as contas básicas de água, luz, contratos dos serviços essenciais de conservação, limpeza e segurança, bem como, o pagamento de bolsas, auxílios e o funcionamento dos restaurantes universitários. Apesar deste corte financeiro impedir o pagamento do Auxílio Refeição Emergencial, previsto em edital pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, garante que a gestão da UFPR mantém o compromisso de assegurar o fornecimento de comida, em caráter de segurança alimentar, em um dos restaurantes universitários de Curitiba, para socorrer aqueles estudantes que deveriam ser atendidos pelo edital de Auxílio Refeição Emergencial, mantendo o princípio desta gestão em fazer todos os esforços para o apoio e manutenção dos estudantes mais vulneráveis. A Pró-reitoria de Administração (PRA) e a Central de Transportes (Centran), apesar dos cortes, disponibilizar, em Curitiba, uma linha de ônibus Intercampi para levar os estudantes ao RU que ficar funcionando.

A Pró-reitora de Assuntos Estudantis, professora Maria Rita de Assis César, lembra ainda que nos demais campi avançados, fora de Curitiba, também tomaremos medidas de segurança alimentar, resguardando a especificidade das comunidades. O reitor Ricardo Marcelo Fonseca, e também presidente da Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), salienta que “repudia veementemente a herança sinistra e calamitosa na Educação, Ciência e Tecnologia e Assistência Estudantil”. “A medida de saque adotada sobre as IFES, acontece justamente no período de aumento na arrecadação da máquina pública federal. O contraste entre aumento de arrecadação fiscal e o desamparo financeiro das instituições públicas de ensino federal, enquadra-se mais como uma falta de prioridades absoluta e descaso do governo, tanto com a Educação, como com a Ciência e Tecnologia e ainda mais, com a parcela que mais necessita e depende de auxílios para a manutenção de seus estudos”, afirmou ele.