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Novo porto seco terá capacidade para 2 mil caminhões/dia (Foto: Divulgação Multilog)

Foi lançada nesta segunda-feira (4) a pedra fundamental do novo Porto Seco de Foz do Iguaçu, que será o maior da América Latina, com capacidade de receber 2 mil caminhões por dia, aumentando em 30% a movimentação do atual terminal da cidade.

O investimento consolida a cidade como o principal hub alfandegário da Tríplice Fronteira.

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O investimento da empresa Multilog, uma das maiores operadoras de logística integrada do Brasil, é de R$ 500 milhões e deve gerar 250 empregos diretos. O empreendimento vai impulsionar as operações logísticas e o comércio exterior na região de tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

“Esse empreendimento é um marco para a logística paranaense e brasileira, que vai trazer muito mais tranquilidade e eficiência no escoamento e na entrada de cargas no Paraná, facilitando o comércio exterior e a fiscalização na Tríplice Fronteira”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O projeto conta com apoio do Governo do Estado e da Receita Federal e integra uma série de obras para melhorar a logística na região, como a duplicação da Rodovia das Cataratas e a construção da Perimetral Leste e da Ponte da lntegração Brasil-Paraguai, além do pacote de concessões rodoviárias do Paraná.

“Foz do Iguaçu passa por uma grande transformação, com um grande pacote de infraestrutura, com a segunda ponte Brasil-Paraguai, as obras de acesso que vão trazer muito mais conforto no acesso entre os dois países, além de desviar o tráfego pesado da área urbana”, ressaltou Ratinho Junior. “E agora, com esse investimento gigantesco no Porto Seco, toda a logística da região será beneficiada, ampliando a movimentação nos setores de importação e exportação e comércio exterior com a Argentina e o Paraguai”.

Novo porto seco entra em operação em dezembro de 2026

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Com previsão de entrar em operação em dezembro de 2026, a empresa tem um prazo de concessão de 35 anos. A nova unidade está localizada na saída da cidade, às margens da BR-277, em um terreno de 550 mil metros quadrados de área. Ela também vai ajudar a desafogar o trânsito na área urbana de Foz do Iguaçu, onde está localizado o atual Porto Seco.

“O novo Porto Seco representa uma mudança de patamar na mobilidade e no transporte de cargas na nossa cidade e região, com um grande potencial de fomentar o comércio internacional. Essa obra demonstra a confiança do setor privado em investir em Foz do Iguaçu”, destacou o prefeito Joaquim Silva e Luna.

O presidente do grupo Multilog, Djalma Vilela, salientou que a empresa aposta na transformação de Foz do Iguaçu em um grande hub logístico do Mercosul. “Este novo terminal é praticamente três vezes maior que o antigo, com capacidade de atender 2 mil caminhões por dia”, disse. “Pensamos nessa área como uma nova fronteira para Foz, desafogando o trânsito na atual estrutura. Aqui teremos um tráfego fluído e com maior capacidade de carga, pensando também no fluxo de crescimento nos próximos anos”.

A previsão é de que o novo terminal duplique a capacidade da atual estrutura, que movimentou, em 2024, 8,6 milhões de toneladas de cargas, chegando a uma receita de US$ 8,6 bilhões (R$ 47,4 bilhões).

OBRA – A construção será dividida em duas fases. Na primeira etapa, serão aplicados R$ 240 milhões na implantação do pátio de caminhões. O projeto inclui também uma área coberta para armazenagem, vistoria e câmaras frias com docas exclusivas para produtos que exigem controle de temperatura. Serão 197 mil metros quadrados de pátios, 7,2 mil metros quadrados de área coberta para armazenagem e vistoria e 600 metros quadrados de câmeras frias, com três docas exclusivas.

O complexo contará com equipamentos de última geração, como balanças rodoviárias, scanners para inspeção não invasiva e modernos sistemas de vigilância por câmeras, atendendo aos requisitos de segurança alfandegária. Os acessos serão automatizados, com sistemas de pesagem e identificação de veículos, incluindo estrutura específica para cargas com dimensões excedentes.

O projeto também contempla áreas de apoio aos motoristas, com espaços internos e externos equipados com sanitários, áreas de descanso e estrutura para permanência segura e confortável.

A Multilog planeja ainda construir no local um terminal de contêineres para absorver parte da carga paraguaia, que hoje é escoada pelo Porto de Montevidéu, no Uruguai, passando então a ser movimentada pelo Porto de Paranaguá. “A distância entre Assunção e Paranaguá é 400 quilômetros menor do que em relação a Montevidéu. Por isso apostamos na construção de um terminal de contêineres para atender essa demanda”, disse Vilela.