DIA DAS MAES
Léia e Elisabete: mãe e filha trabalham juntas na Tuya Confeitaria e cuidando da pequena Manuela, uma criança atípica (Foto: Franklin de Freitas)

No próximo domingo (11 de maio) celebra-se o Dia das Mães. É a hora de mimar e presentear aquelas mulheres que se doam pelos outros, mostrando para elas o quão fundamentais e amadas elas são pelos seus filhos e companheiros(as). E muitos dos presentes que serão entregues no final de semana para essas mulheres são produzidos por outras mães, que se dedicam em tornar a data comemorativa ainda mais especial para outras famílias.

Uma dessas mães é Léia Nicolli Baglioli, de 30 anos. Ela é a confeiteira da Tuya Confeitaria, empresa criada por ela própria há cerca de três anos, e mãe da Manuela Baglioli Santos, uma criança atípica que na próxima semana completa quatro anos de vida. E nesta semana, está se dedicando à montagem de cestas de café da manhã e na produção de ‘bolos buquê’ que farão a alegria de várias outras mães no próximo domingo.

“Desde o primeiro ano da Tuya eu faço cestas. Comecei fazendo pontualmente, para uma data comemorativa. Comprei 10 cestas de MDF, montei elas e em três dias vendi tudo. Daí comprei mais 10 cestas e fui assim, sabe? Neste ano fiz duas opções de cesta de café da manhã, uma maior que está sendo vendida por R$ 149,90 e uma menor, que vendo por R$ 69,90. E estamos lançando agora também o bolo buquê. Todo mundo gosta de dar flor e as mães gostam de ganhar flor no Dia das Mães, então uma opção é dar o bolo buquê e mais uma flor ou só o bolo mesmo. Temos de vários sabores, a pessoa pode escolher. É um quilo de bolo e sai por R$ 70, a depender do sabor escolhido”, explica a confeiteira.

As encomendas, diz a doceira e empresária, estão crescendo a cada dia que se aproxima a data comemorativa. Mas podem ficar tranquilos: quem quiser, ainda pode fazer o seu pedido. É só chamar a Tuya Confeitaria no WhatsApp, através do telefone (41) 99573-5215, ou no Instagram da própria confeitaria, @tuyaconfeitaria. E uma garantia: tudo será feito com muito amor, por quem reconhece e valoriza o papel de uma mãe.

“Dia das Mães tem um significado diferente, principalmente depois que eu fui mãe. É aquilo que toda mãe fala: ‘você só vai me dar valor depois que você for mãe’. E um pouco é isso mesmo, sabe? A gente só entende o que é ser mãe depois que a gente é mãe. Não tem como o pai saber, não tem como… É só sendo mãe pra saber mesmo. E é especial porque… Porque a mãe merece. Os esforços que a mãe faz por um filho não tem limites, não tem outra pessoa que vá fazer por você que não seja tua mãe, entendeu? Então, de todas as datas comemorativas do ano, o Dia das Mães eu acho que é uma das mais importantes, porque realmente tem um significado diferente”, afirma Léia.

DIA DAS MAES
Cestas de café da manhã e bolo bouquet são as opções da Tuya Confeitaria para o Dia das Mães

Um negócio criado por uma mãe que precisava cuidar de sua filha

A história da Tuya Confeitaria, inclusive, é uma história de mãe e filha.

Léia conta que desde sempre gostava de fazer bolo, porque era ‘botando a mão na massa’ que ela se acalmava, encontrava um refúgio. Na vida adulta, o gosto por produzir doces seguiu vivo, mas ela acabou se formando em gestão financeira e trabalhou por oito anos como assistente financeira, com carteira assinada – a famosa CLT.

“Aí na pandemia a Manu nasceu e minha ideia era ficar um ano com ela e depois retornar pra CLT mesmo. Só que veio o laudo de autismo dela, e no início tinha de levar ela três vezes na semana para a terapia – hoje já levo duas vezes. E não teria como voltar pro CLT daí, né?! Nenhuma empresa me contrataria tendo que sair três vezes na semana”, recorda a mãe.

Foi quando ela resolveu que era hora de transformar a sua paixão por produzir doces em negócio. Primeiro, começou atendendo mais a conhecidos e pelo WhatsApp. Há menos de um ano, criou uma página no Instagram para sua confeitaria e também colocou seu negócio no iFood, passando a atender por delivery.

“A minha história, na verdade, a Manu meio que me deu a coragem que eu precisava pra iniciar, sabe? Nos meus empregos CLT, eu sempre ficava trabalhando, dava o meu melhor, mas sempre pensando que devia fazer alguma coisa por mim. Nunca fui totalmente feliz nos meus empregos, só que também não tinha coragem de sair, porque a CLT te acomoda, né? Você tem a garantia ali, então fica acomodado. E quando a Manu nasceu, ela me deu a coragem que eu precisava para começar o meu negócio. Foi tipo ‘agora tenho que ir, não tem outra opção’. E foi isso, aí peguei firme para oficializar mesmo”, relata Léia.

O nome ‘Tuya’ e os planos para o futuro

Desde sua criação, a Tuya Confeitaria vem crescendo aos poucos, conquistando a cada dia mais clientes e recebendo mais pedidos. E um detalhe curioso é que a filha de Léia está presente até na criação do nome da empresa. É que o pai da Manu, Wesley, ficava dizendo para ela coisas como ‘venha com o papai, tuynha’ ou ‘tuya, venha com o papai’. E o ‘tuya’ acabou pegando.

“Não sei de onde que a gente tirou esse ‘Tuya’. E daí a gente foi ver o que significava esse termo e descobrimos que ‘tuya’ era ‘sua’, né? Resolvemos colocar o nome Tuya na confeitaria, mas na verdade é ‘sua confeitaria’. E estamos aqui até hoje, firmes”, diz a empreendedora e confeiteira, que sempre conta com a ajuda de sua mãe, Elisabete, para poder produzir os doces e também cuidar da filha. Além disso, a irmã, Erika, virou também parceira de negócio, com ambições grandes para a empresa.

“É tudo em família, com a minha mãe me ajudando muito. Eu faço bolo no pote, copo da felicidade, bombom, aquela coxinha de morango que o povo fala… Tem de tudo um pouco. E minha irmã está me ajudando a investir também, queremos abrir uma loja física até o final do ano. Queremos achar um ponto que tenha mais passagem de pessoas, que o pessoal passe na frente e consuma. Estamos até já juntando um capital, comprando o que dá e guardando – como refrigerador, expositor, essas coisas – para até o final do ano a gente conseguir”, explica Léia.