A Polícia Científica do Paraná (PCP) começa 2025 com mais um reforço para ajudar na resolução de casos mais complexos. Um novo funcionário, chamado Raman, será fundamental para investigações criminais, principalmente na ajuda de detecção de manchas de sangue, quase sempre invisíveis ao olho humano..
O cão da raça pastor-belga foi doado à instituição. O nome escolhido foi inspirado na técnica de Espectroscopia Raman, que reflete sua função crucial no processo de detecção de substâncias em cenas de crimes.
O treinamento do Raman começou imediatamente após sua chegada à instituição. O processo de adaptação começou com o treinamento de obediência, essencial para o controle do animal em suas futuras missões. Esse estágio inicial foi seguido por um treinamento especializado na detecção de sangue, que já dura cerca de um ano e cinco meses.
A primeira fase do treinamento consistiu em apresentar o odor do sangue a Raman por um período de quatro meses. Após essa etapa, ele começou a buscar sangue em caixas, onde deveria identificar qual delas continha o faro procurado. Agora, o treinamento está na fase de busca de manchas de sangue em ambientes diversos, com as evidências sendo colocadas em lâminas e escondidas em diferentes locais.
O treinamento é contínuo e, embora Raman ainda não tenha sido chamado para atuar em uma cena de crime, ele já está sendo preparado para isso. Devido à complexidade da tarefa, que envolve a detecção de vestígios em quantidades pequenas, o treinamento é mais longo e detalhado, visando garantir a precisão nas buscas.
Além dos treinamentos, Raman convive de maneira harmoniosa com outros animais e pessoas, especialmente com seus condutores, que são responsáveis por orientá-lo durante as atividades. “Ele é um cão dócil, brincalhão e muito ativo nos treinamentos”, descreve a perita criminal e condutora do Raman, Viviane Zibe. Sua personalidade encantadora faz dele um sucesso entre os servidores da Polícia Científica, e, segundo ela, já se tornou o mascote da equipe.
Viviane também compartilha sua satisfação com o progresso do projeto. “O exercício feito com o Raman é árduo, mas muito gratificante na medida em que ele retorna toda a dedicação com as respostas nos treinamentos e no carinho retribuído”, diz.
O trabalho de Raman promete trazer uma contribuição valiosa para a Polícia Científica, ajudando a identificar pistas importantes e fortalecendo a investigação criminal.