Na manhã desta quarta-feira (14), os Correios divulgaram noto oficial sobre a paralisação nacional em seu site.
Os Correios ofereceram todas as condições necessárias para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012. Apesar de todos os esforços da empresa, a paralisação foi deflagrada a partir desta quarta-feira (14).
A ECT trabalha para normalizar a situação o mais rápido possível e está adotando uma série de medidas que garantem o atendimento à população brasileira: contratação de recursos, realocação de pessoal, realização de horas-extras e trabalho nos finais de semana.
Os Correios colocam-se à disposição de todos os veículos de imprensa para dar informações sobre a situação e reafirmam seu compromisso de empresa pública empenhada em garantir o acesso de todos os cidadãos brasileiros ao serviço postal e contribuir para o crescimento do País.
No Paraná, ca paralisação foi decidida em assembleia realizada na noite desta terça-feira nas cidades pólo do Estado. Em Curitiba, logo após a assembleia que definiu pela greve, os trabalhadores seguiram da sede do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios no Estado do Paraná (Sintcom) até a frente da sede da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, onde montam acampamento. Ao longo da semana espera-se a adesão de outros estados.
Os trabalhadores nos Correios estão com indicativo de greve desde o dia 23 de agosto.
A greve foi decretada porque as negociações com a empresa não avançaram nas últimas semanas. Os trabalhadores continuam rejeitando a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa de 6,87%. Além do índice apresentado não repor a inflação do período — entre agosto de 2010 e julho de 2011 ficou em 7,16% —, ele também seria aplicado na base de reajuste dos benefícios da categoria, o que aumentaria o vale-alimentação.
Os trabalhadores cobram o cumprimento da pauta de reivindicações que exige a contratação de mais funcionários, melhores condições de trabalho, piso salarial de R$ 1.635,00, o pagamento das perdas salariais de 24,76%, acumuladas entre 1994 a 2010, vale-alimentação de R$ 30, e a redução da jornada dos atendentes para seis horas.
Além de Curitiba, os funcionários fizeram assembleias em Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. A expectativa do sindicato era iniciar o movimento com adesão de cerca de 70% dos trabalhadores da área operacional dos Correios, o que inclui os atendentes, carteiros e operadores de triagem e transbordo.
A greve também é uma resposta à aprovação no Congresso da Medida Provisória 532, que transforma a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Sociedade Anônima (S/A). Na avaliação dos trabalhadores, os Correios do Brasil S/A, nome com o qual a ECT passará a ser chamada, abre caminho para as terceirizações dos serviços e à privatização da empresa.