A Prefeitura de Curitiba divulgou nesta segunda-feira (8 de setembro) um alerto sobre os casos de uma doença viral que, nos últimos dois anos, fez mais de 40% dos pacientes contaminados necessitarem de internação. Trata-se da Hepatite A, enfermidade que tem acometido principalmente adultos jovens, grupo onde há mais complicações também.
Só em 2024, 563 casos de Hepatite A foram confirmados na cidade, sendo que 60% precisaram de internação. Houve ainda cinco mortes e 73% dos casos acometeram homens que tinham entre 20 e 39 anos de idade.
Em 2025, já são 64 casos confirmados na cidade. E 42% precisaram de hospitalização.
“O cenário segue a tendência de grandes centros urbanos do país, que também têm registrado aumento da doença”, aponta o município, destacando a necessidade de atenção e prevenção.
SINTOMAS E TRANSMISSÃO DA DOENÇA
Alguns dos principais sintomas da doença são: pele e olhos amarelados; urina escura; cansaço intenso; dor abdominal; febre; mal-estar.
A transmissão da hepatite A se dá pelo contato de fezes com a boca, que pode acontecer por mãos contaminadas ou pelo sexo desprotegido, principalmente anal/oral.
O período de incubação, intervalo entre a exposição efetiva do indivíduo suscetível ao vírus e o início dos sinais e sintomas clínicos da infecção, varia de 15 a 50 dias, sendo em média de 30 dias.
A pessoa que foi contaminada permanece transmitindo o vírus nas fezes por até cinco meses, mesmo depois de ter se curado e não apresentar sintomas, o que mostra o potencial de transmissão da doença.
PREVENÇÃO
Há vacinação gratuita contra a doença para crianças e públicos específicos. Desde 2012, por exemplo, as crianças de 1 a 5 anos são imunizadas contra a hepatite A pelo SUS, o que reduziu o número de ocorrências na infância. Além disso, quem teve a doença na infância também está protegido.
Para a população em geral, a orientação é sempre lavar bem as mãos e os alimentos, consumir apenas água potável e fazer sexo seguro, com preservativo.
Atendimento
A orientação a quem apresenta os sintomas de hepatite é buscar atendimento o quanto antes para o diagnóstico diferencial.
Se os sintomas forem leves, é possível fazer uma consulta pela Central Saúde Já – 3350-9000. Se necessário, a pessoa será direcionada para um atendimento presencial em Unidade de Saúde para exames e tratamento, ou, caso o quadro seja mais grave, para uma UPA.
Outra orientação importante é evitar a automedicação, que pode comprometer o fígado, já fragilizado pela doença.