Curitiba atinge meta de vacinação contra a gripe

SMCS

Curitiba atingiu a meta da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe, imunizando 80,5% da população integrante dos grupos vulneráveis até esta quarta-feira (27). A campanha foi prorrogada em todo Brasil, até dia 5 de junho, para que as demais cidades possam garantir a vacinação da população contra a gripe antes da chegada do inverno.

A marca é definida pelo Ministério da Saúde entre os públicos que podem ser contabilizados: gestantes, idosos, crianças e mulheres que tiveram filhos há menos de 45 dias. A capital paranaense está entre as cidades com os melhores resultados na vacinação contra a gripe até agora.

Apesar de ter atingido a marca geral, considerando os resultados dos grupos específicos, crianças e gestantes ainda estão abaixo da meta. Entre as crianças, foram aplicadas 72.790 doses (71,2%). Já entre as gestantes, até agora 12.151 receberam a vacina (64,2% do total).

Curitiba sempre participa intensamente das campanhas de vacinação e desta vez não foi diferente. Mas ainda precisamos melhorar a cobertura entre as mulheres grávidas e as crianças, pois são grupos com menor imunidade e por isso mais suscetível às doenças respiratórias, conta o coordenador da Central de Vacinas da Secretaria Municipal da Saúde, Renato Rocha.

Entre as pessoas portadoras de doenças crônicas – grupo que não tem meta a atingir por não ser possível contabilizar – já foram vacinadas 51.241 pessoas, além de outras 304.548 dos demais grupos. A vacinação contra a gripe começou no dia 4 de maio e aquelas pessoas que ainda não tomaram a vacina podem fazê-lo em qualquer uma das 109 unidades básicas de saúde de Curitiba até dia 5.

O grupo que mais aderiu à vacinação foram as mães que tiveram filhos a menos de 45 dias (puérperas), que chegou a ultrapassar os 100%. A explicação provável, segundo Rocha, é que mulheres residentes em outras cidades tenham tomado a vacina em Curitiba. Mas isso mostra a preocupação das mães em tomar a vacina contra a gripe e inclusive garantir a imunização dos bebês, através do leite materno, explica o coordenador. Entre os idosos, 94,5% já tomaram a vacina.

É importante lembrar que a vacinação é uma das formas de prevenção, que devem ser aliadas a outras ações, como a assepsia frequente das mãos, manter os ambientes ventilados mesmo em dias mais frios e cobrir o rosto ao tossir ou espirrar. Isso porque a transmissão da gripe ocorre por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também acontece por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).

A vacina contra gripe é segura e evita o agravamento da doença, internações e, até mesmo, óbitos por influenza. Estudos demonstram que a imunização pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários devem se dirigir às 109 unidades de saúde de Curitiba. As pessoas com doenças crônicas devem apresentar também prescrição médica no ato da vacinação. Aqueles pacientes que já fazem parte de programas de controle das doenças crônicas do SUS, devem ir às unidades em que estão cadastrados para receber a vacina.