
Para conseguir enfrentar os dias de calor que Curitiba tem registrado, a população em situação de rua conta com a distribuição gratuita de água em alguns pontos da região central da capital paranaense.
Nas Praças Rui Barbosa, Osório, Tiradentes e no Mercado Municipal, funcionários da Fundação de Ação Social (FAS) ocupam barracas e mesas para garantir o acesso à água para essa população, inclusive aos domingos e feriados.
A medida atende um pedido do Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos (NUCIDH) da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR), que no final do ano passado conseguiu judicialmente, na Vara da Fazenda Pública de Curitiba, uma determinação para que o município garanta o acesso gratuito dessa população mais vulnerável a banheiros nesses espaços públicos, além da distribuição de água em galões e copos quando os bebedouros públicos, instalados em 2022, estiverem desativados ou em manutenção.
“Essa decisão garante que o município deve garantir acesso aos serviços básicos à população em situação de rua para manter o mínimo de dignidade a esse público”, afirmou por ocasião da decisão, em 15 de dezembro do ano passado, o defensor público e coordenador do NUCIDH, Antonio Vitor Barbosa de Almeida.
Ainda segundo o defensor público, a decisão determina também que o município garanta refeições gratuitas à população em situação de rua. Segundo a FAS, as refeições às pessoas em situação de rua são ofertadas no Mesa Solidária Luz dos Pinhais, na Praça Tiradentes, e no Mesa Solidária Patrícia Casillo, embaixo do Viaduto Capanema.

“Calorão” já fez até clientes e funcionárias passarem mal em loja na Rua XV
Nesta semana, o calor excessivo que tem feito em Curitiba provocou cenas de pânico em uma loja de departamentos na Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba. Na última terça-feira (16 de janeiro), funcionárias e clientes da Bazar do Sul passaram mal por conta do calor dentro da loja. Pelo menos uma das trabalhadoras, inclusive, chegou a desmaiar por conta da situação.
A cena foi flagrada pelo repórter fotográfico Franklin de Freitas, que passava pelo local quando flagrou duas viaturas da Polícia Militar (PM) paradas em frente à loja, com os policiais auxiliando no socorro às trabalhadoras.
Conforme os agentes, uma funcionária teria começado a passar mal dentro da loja e foi até o banheiro destinado aos trabalhadores. No local, acabou desmaiando e depois passou a ter convulsões. Foi quando outros funcionários forçaram a porta do banheiro para socorrer a mulher. Só que outra trabalhadora, ao ver o estado em que a colega se encontrava, também começou a passar mal e precisou de socorro, entrando em crise de pânico.
Enquanto isso, clientes que também estavam no local começaram a passar mal, precisando sair da loja e se sentar na calçada para fazer com que o mal-estar passasse. “Dois clientes passando mal. Eu estava no fundo da loja, lá faz calor demais e não tem ar [condicionado]. Duas funcionárias saíram desmaiadas, já fazia mais de meia hora que estavam lá em cima [num dos andares superiores da loja]. Não tem uma cadeira para sentar, os funcionários trabalham todos de pé porque não têm lugares para sentar”, relatou uma cliente.