O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, lançou nesta segunda-feira (15) uma campanha educativa que pretende reduzir os casos de atropelamentos de pedestres. A campanha “Mão na Faixa” é para orientar os pedestres sobre a forma segura de atravessar as ruas.
De janeiro até 12 de setembro deste ano, o Batalhão de Polícia de Trânsito, (Bptran) atendeu 365 atropelamentos, com 212 feridos na Capital. No ano passado todo foram 565 atropelamentos em Curitiba, com 370 vítimas encaminhadas ao hospital com ferimentos, além de 14 mortes.
O lançamento foi feito na abertura da Semana Nacional de Trânsito, na Escola Pública de Trânsito de Curitiba, no bairro Fazendinha.
“Os pedestres esperam na faixa e não sabemos se eles vão realmente atravessar a rua ou se estão esperando um táxi, o carro de aplicativo. Estão geralmente entretidos com o celular. Para garantir a segurança, vamos orientar sobre a sinalização adequada para atravessar a via, para que as pessoas entendam como deve ser o comportamento correto”, afirmou a diretora da Escola Pública de Curitiba, ABC Trânsito, Melissa Puertas Sampaio.
Eduardo Pimentel também reinaugurou na escola o Circuito Vivencial, uma minicidade dedicada às atividades de educação no trânsito para crianças de escolas públicas e particulares.
Vida no trânsito
O Programa Vida no Trânsito (PVT) começou em 2011. Desde então, Curitiba registrou significativa queda de 54% no número de mortes causadas por acidentes nas ruas da cidade. Em 2011, foram 310 mortes em acidentes, enquanto em 2024 foram 141.
Apesar dos avanços, alcançados com a divulgação de campanhas educativas, fiscalização e melhoria em infraestrutura viária, o número de mortos e feridos ainda é alarmante e causa impacto direto no sistema de saúde.
Segundo o coordenador médico do complexo regulador de urgência de Curitiba, Anthony Augusto Carmona, embora não existam dados específicos sobre a média de leitos ocupados por vítimas de acidentes de trânsito na cidade, essas ocorrências representam uma parcela considerável das internações hospitalares.
“No Hospital Universitário Cajuru, referência no atendimento a traumas e vítimas de acidentes de trânsito, correspondem a cerca de 12% da demanda do pronto socorro”, explicou.