Em Curitiba há 14 shopping centers espalhados por vários pontos da cidade. A Capital paranaense é a sexta capital brasileira a ter mais destes espaços comerciais, atrás de São Paulo (54), Rio de Janeiro (37), Belo Horizonte (21), Porto Alegre (16) e Brasília (17). E aqui, qualquer bolso pode frequentar um shopping. No Capão Raso, o Shopping Popular Capão Raso tem frequencia de todas as classes sociais. Nesta semana foi inaugurado o Shopping Pátio Batel, voltado para as classes mais altas.
Dos 14 shoppings de Curitiba, 13 são associados à Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce). De acordo com o Censo Abrasce, em dezembro de 2012, o setor empregava 106.743 trabalhadores e apresentou um faturamento de R$ 19 bilhões no Sul do País.
O único a não fazer parte da Abreasce funciona como um equipamento social da Prefeitura Municipal, administrado pela Companhia de Urbanização de Curitiba (Urbs), o Shopping Popular Capão Raso.  Os espaços oferecem serviços e lojas para todos os moradores da cidade, da classe A, com renda acima de R$ 9.745, até a E, renda até R$ 1.085, segundo o critério para classificação de classe social usado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV).

Em 1992, quando o Shopping Popular abriu as portas, ele foi pensado para atender prioritariamente a população residente nas regiões do Capão Raso, Novo Mundo e imediações, oferecendo um mix de produtos voltado para esse tipo de público, incluindo confecções, armarinhos, alimentos, serviços como cabeleireiros e telefonia.
Localizado no bairro Novo Mundo, o público que costuma freqüentar o espaço é formado por trabalhadores que aproveitam a integração com o terminal do Capão Raso com o Shopping. Para não pagarem nova passagem, basta deixar um documento e pegar um tíquete na cabine de integração do terminal. Com ele, o consumidor pode permanecer por até 3 horas no shopping e retornar ao terminal sem gastar mais uma passagem de ônibus, hoje em R$ 2,70.

A operadora de máquina, Letícia Felix, afirma que costuma parar na praça de alimentação do Shopping Popular para comer, após sair do trabalho. Já a doméstica, Hilda Marques, moradora do bairro Xaxim, afirma que gosta de comprar nas lojas do Shopping porque lá encontra produtos de qualidade e bom preço. Eu trabalho no Seminário e como passo aqui todos os dias, aproveito para acompanhar as ofertas das lojas, conta enquanto escolhe bolsas na Vitrine Modas.

Contraponto — Em contraponto ao Shopping Popular, no bairro do Batel, o Pátio Batel abriu às portas ao público, ontem. Construído em uma das áreas mais nobres da cidade, o espaço é um shopping de luxo que traz para a cidade 50 marcas internacionais exclusivas. Logo na entrada as marcas Louis Vuitton (francesa) e a Prada (italiana), conhecidas no mundo como símbolo de luxo e status demonstram o público que o empreendimento busca.
Na Louis Vuitton, por exemplo, uma carteira custa mais de R$ 1.000 e um porta-moedas, R$ 873. Outros ícones do consumismo de luxo também se instalaram no empreendimento do Batel, como a Tiffany’s & Co, lengedária marca americana glamourizda pelo cinema.