Domingo é dia de meia tarifa (R$ 3) no transporte coletivo de Curitiba. E depois da medida fazer sucesso nos dois primeiros finais de semana em que esteve valendo, a expectativa do município é que o número de pessoas pegando o busão na cidade cresça ainda mais, com cada vez mais gente aproveitando o desconto para passear em parques e shoppings, visitar parentes, ir na igreja e a celebrações religiosas e até mesmo conferir os jogos do campeonato paranaense de futebol e os eventos de pré-carnaval.
De acordo com o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, o resultado nos dois primeiros domingos com a meia tarifa valendo foi muito bom. Mas ele espera ainda mais. “A tendência é que esse número cresça. A medida tem um efeito benéfico em cascata na economia da cidade. A população economiza de um lado e por outro ajuda a movimentar restaurantes, feiras, lanchonetes e o comércio dos vendedores nos parques”, diz Maia Neto.
Iniciado no dia 5 de janeiro, o Domingão Paga Meia, com tarifa a R$ 3, vale para todas as 242 linhas de ônibus de Curitiba aos domingos e feriados, com exceção da Linha Turismo. O pagamento pode ser feito em dinheiro, cartão-transporte Urbs e cartões de crédito e débito (no caso destes dois últimos, há a cobrança de uma taxa pelas operadoras de cartões de R$ 0,07 por passagem, totalizando R$ 3,07).
Jogo de futebol
No último domingo (12/1), Mariana Melo Osório, o irmão Jhuan Luka Osório e o namorado, Luiz Henrique Pin, saíram juntos de Colombo para torcer pelo Coxa na partida contra o Londrina. Além de ser algo bom para quem mora em Curitiba e também na Região Metropolitana, como é o caso deles, Luiz acha que a medida da Prefeitura vai além. “É uma ideia simpática também para os turistas”, avalia.
A auxiliar de escritório Ketlyn Silva, residente em Almirante Tamandaré, ressalta a economia com a meia tarifa.
“Para mim, o bom é a volta, pois vou até Almirante Tamandaré pagando meia passagem. Se somar todos os domingos de deslocamento em um mês, é muita vantagem. Dá pra fazer outras coisas com o dinheiro que vou economizar”, disse Ketlyn.
“Tomara que fique assim, mais barato, para sempre”, diz o venezuelano Humberto Fernandez. Ele e a esposa, Carolina de Fernandez, estão há um ano no Paraná e moram em Colombo. Ele trabalha em uma pizzaria no Boa Vista e ela está fazendo teste para conseguir uma vaga no mesmo estabelecimento. “Dá para economizar bastante”, diz Carolina.