Desembargador pede reavaliação médica para saber se Guaranho cumprirá pena em regime fechado

Após a sentença, que saiu no último dia 13 de fevereiro, o ex-policial foi direto para o Complexo Médico Penal de Pinhais, onde ficou preso por menos de 48 horas

Redação Bem Paraná
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Jorge Guaranho. Foto: Martheus de Freitas

Após o Ministério Público do Paraná requerer, nesta segunda-feira (17), que o Tribunal de Justiça do Paraná negue o direito à prisão domiciliar concedido ao policial penal Jorge Guaranho, o desembargador Gamaliel Seme Scaff, que autorizou a prisão domiciliar do ex-policial, determinou a reavaliação médica pelo Instituto Médico Legal (IML).

O desembargador alegou que a reavaliação é necessária para saber se o ex-policial pode cumprir a pena no Complexo Médico Penal de Pinhais. Guaranho foi acusado a 20 anos de prisão pela morte de Marcelo Arruda, ex-tesoureiro do PT.

Após a sentença, que saiu no último dia 13 de fevereiro, o ex-policial foi direto para o complexo, onde ficou preso por menos de 48 horas.

A defesa alegou que “o estado de saúde de Jorge Guaranho é gravemente debilitado desde o espancamento sofrido na ocasião dos fatos, quadro que tem se agravado ao longo do tempo. Os laudos médicos anexados aos autos já apontam múltiplas sequelas físicas e neuropsiquiátricas, tornando imprescindível um tratamento médico intensivo”.

O crime

O crime aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos do petista em um clube de Foz do Iguaçu. O policial penal invadiu a celebração e matou o guarda a tiros na frente de familiares e convidados. O aniversário tinha temática do PT e, segundo o vigilante do local, Guaranho gritou “aqui é Bolsonaro” antes de atirar. Tudo foi registrado por câmeras de segurança.

Jorge Guaranho foi ouvido ontem por cerca de duas horas. Por orientação dos advogados, não respondeu às perguntas da acusação. O ex-policial penal admitiu que chegou de carro na festa com a música da campanha do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que hoje considera a iniciativa uma “idiotice”. Também alegou que atirou para se defender.