A Arquidiocese de Curitiba divulgou a programação da festa da Padroeira de Curitiba, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, no dia 8 de setembro. As comemorações terão início às 8h30, com a Missa de Abertura na Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, na Praça Tiradentes.
Logo após, às 10 horas, acontecerá a Missa Solene e Coroação de Nossa Senhora, seguida pelo tradicional repicar dos sinos ao meio-dia.
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Veja a programação da tarde do dia da Padroeira de Curitiba:
- 15h – Recitação do Terço e Bênção com o Santíssimo.
- 16h – Procissão de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais pelas ruas, reunindo paróquias, movimentos e pastorais que levam suas bandeiras em sinal de unidade.
- 17h30 – Missa de Encerramento, transmitida pela TV Evangelizar, reunindo milhares de fiéis que não poderão estar presentes fisicamente, mas se unem em oração.
Bolo da Padroeira de Curitiba já está à venda
Até o dia 8, os fiéis também poderão adquirir o bolo da padroeira de Curitiba com medalhinha. O pedaço do bolo custa R$ 12 e está à venda na porta da entrada principal da Catedral, que fica na Barão do Serro Azul, 31, no Centro de Curitiba.
Tema da festa
A festa deste ano traz como tema “Mãe Peregrina de Esperança”, recordando que Maria, ao caminhar com o povo, é sinal de confiança em Deus e de esperança para a cidade e para a vida de cada fiel.
Segundo a Arquidiocese de Curitiba, mais do que uma tradição, o Dia da Padroeira é um convite para renovar a fé, agradecer e pedir a intercessão de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais pela cidade, pelas famílias e por todos os que necessitam de esperança e consolo.
Sobre a padroeira de Curitiba
A devoção a Nossa Senhora da Luz é de origem portuguesa, de meados do século XV (c. 1463). O humilde português Pero Martins, de Carnide (hoje distrito de Lisboa) foi levado como prisioneiro pelos árabes muçulmanos para o Magreb (norte da África). Em seu cativeiro, todas as noites rezava incessantemente à Santíssima Virgem Maria, pedindo que o livrasse da prisão. Atendendo a seu pedido, Maria apareceu-lhe em sonho por trinta noites consecutivas, prometendo a seu filho Pero Martins que o livraria da prisão no final destas trinta noites, sendo que na manhã seguinte este se encontraria em Carnide.
E assim foi feito: Pero Martins, na manhã do trigésimo primeiro dia encontrava-se em sua cidade natal, e foi cumprir o que lhe havia mandado a Santa Maria, de ir buscar uma milagrosa imagem sua junto à Fonte do Machado, onde muitos curiosos já viam, há cerca de um mês, uma misteriosa luz vir dali.
Pero Martins recolheu a imagem e colocou-a à veneração dos fiéis, onde foi construída uma igreja, incrementada artisticamente graças ao mecenato da princesa Dona Maria, filha do rei Dom Manuel I.
A escolha de Nossa Senhora da Luz como padroeira de Curitiba foi dos primeiros povoadores, especialmente do paulista Suares do Vale, fugitivo de São Paulo, que deu nos “campos de Curityba” e depois de mandar trazer sua família, que veio acompanhada de outras grandes famílias, fez morada às margens do Rio Atuba (atual Parque Histórico de Curitiba). Junto do Atuba surgiu a Lenda da Fundação de Curitiba, que conta que a imagem da santa todos os dias amanhecia virada para onde hoje é a Praça Tiradentes. Os povoadores decidiram então se mudar para a região, pedindo ao Cacique dos Campos de Tindiquera que lhe indicasse o local adequado. O cacique, então, fincou uma grande vara no chão, exclamando “Core-tuba” (“muito pinhão), e ali os povoadores se assentaram, onde hoje é o marco-zero da cidade, construindo uma pequena capela dedicada à Virgem da Luz dos Pinhais por voltar de 1654.
O patrocínio exclusivo de Nossa Senhora da Luz ‘dos Pinhais’ para Curitiba é advindo desta denominação da terra, cheia de pinhão, uma floresta de pinheirais/pinhais. A devoção particular foi reconhecida pela Santa Sé apenas em 1995, com decreto do papa São João Paulo II, em cujo mesmo decreto a declarou padroeira municipal de Curitiba; nossa cidade é uma das poucas no país cujo(a) padroeiro(a) municipal é declarado pelo Sumo Pontífice.