Ranking: Paraná alcança segunda maior cobertura vacinal
José Fernando Ogura/AEN

O Dia Mundial de Combate à Meningite é celebrado neste domingo, 5. Na data, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) aproveita para reforçar a importância da vacinação como principal forma de prevenção desta doença gravíssima, que em alguns casos pode matar uma pessoa em um dia. Isso porque em 2025, houve aumento expressivo nos casos de doença meningocócica.

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O Paraná soma 49 infecções e 13 óbitos – altas de 96% e 225%, respectivamente, em comparação ao ano anterior. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, afirma que os números demonstram a necessidade de atenção, mas não de alarde.

“A meningite é uma doença grave, porém pode ser prevenida e tratada quando diagnosticada rapidamente. Nosso papel é manter a população informada para que os sinais não passem despercebidos. Também reforçamos a importância da vacinação e das medidas de prevenção no dia a dia”, ressaltou.

O que é meningite?

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal – pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. A transmissão ocorre pelo contato próximo entre pessoas, por meio da fala, tosse ou espirros.

Entre os sintomas mais comuns estão febre, dor de cabeça intensa, vômitos e rigidez na nuca. Em situações mais graves, podem ocorrer convulsões e o aparecimento de manchas vermelhas na pele, chamadas petéquias. Nos bebês, os sinais podem incluir irritabilidade, recusa alimentar, choro frequente e até mesmo hipotermia.

Programa Nacional de Imunização tem vacina contra doença

O Programa Nacional de Imunização (PNI) disponibiliza gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), vacinas que protegem contra diferentes agentes causadores da meningite. A BCG é aplicada logo após o nascimento. As vacinas meningocócicas, como a meningo C e a ACWY, são aplicadas nos primeiros meses de vida e têm reforços na infância e adolescência.

Outras vacinas importantes são a pentavalente, aplicada aos 2, 4 e 6 meses, e a pneumocócica 10, aplicada aos 2 e 4 meses, com reforço no primeiro ano de vida.

No Paraná, a cobertura vacinal em crianças menores de 2 anos para a maioria desses imunizantes  está em torno de 83%, com destaque para a BCG, que ultrapassa 100% da meta de cobertura.

Para a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, mesmo com índices superiores a 80%, é preciso ampliar a cobertura vacinal. “O Ministério da Saúde recomenda que o alcance mínimo seja de 95% para garantir uma proteção efetiva da população. Ainda estamos abaixo dessa meta e, por isso, é fundamental que os pais e responsáveis mantenham em dia a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes”, alertou.

Cuidados para evitar a doença

Vacina

Manter ambientes ventilados,

Evitar aglomerações,

Lavar as mãos com frequência,

Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar

Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.