Dois homens foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por homicídio tentado triplamente qualificado (motivo torpe, com emprego de fogo e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima) de um idoso de 73 anos. A vítima é pai da ex-companheira de um dos acusados.
Leia mais:
O crime teria como motivo o fim do relacionamento. Inconformado, o homem queria se vingar da ex-mulher. O crime foi praticado no dia 1º de março deste ano, em Bela Vista do Paraíso, no Norte Central do Paraná..
Áudio do promotor de justiça Lucas Franco de Paula
Os dois homens também foram denunciados por incêndio majorado e por ferir animais domésticos (o passarinho da família morreu e o cachorro ficou ferido no incêndio). O ex-companheiro da filha do idoso atacado também foi denunciado por ameaça e por dano emocional à mulher.
Denúncia aponta que acusado perseguia a ex-companheira
De acordo com a denúncia oferecida pela Promotoria de Justiça de Bela Vista do Paraíso, um dos acusados, na manhã de 1º de março deste ano, foi até o local de trabalho do atual namorado de sua ex-companheira para ameaçá-lo de morte, na companhia do segundo denunciado.
Em seguida, os dois invadiram a residência da ex-companheira de um deles, onde estava o pai dela. Os dois confinaram o idoso num cômodo e atearam fogo no local e na própria vítima. O idoso conseguiu sair da casa em chamas e foi socorrido com ferimentos graves.
Além dos ferimentos no idoso, a perícia realizada no local demonstrou que “as chamas tomaram praticamente toda a residência, também atingindo uma motocicleta […] e um veículo GM/Corsa, causando prejuízo total aproximado no valor de R$ 371.549,00.” Na residência, além da ex-companheira do denunciado e de seus pais, morava também uma criança, irmão da mulher.
A denúncia relata ainda que, dois dias após os crimes, um dos denunciados ameaçou a ex-companheira por aplicativo de mensagens, o que resultou em danos emocionais à mulher.
Os denunciados encontram-se atualmente presos preventivamente, um em unidade prisional do estado de São Paulo e o outro na Cadeia Pública de Cambé.