Duplicação da Estrada da Ribeira já dura 14 meses

Da Redação

Uma obra que já se arrasta por mais de 14 meses tira a paciência dos moradores de Colombo. A duplicação da Estrada da Ribeira, no trecho entre o Trevo do Atuba ao Guairituba foi iniciado em novembro de 2006, mas até agora, passados mais de um ano, pouco mais de 20% da obra foi concluída no lote um, que compreende o Trevo do Atuba até o Alto Maracanã. No ano passado as obras chegaram a ser interrompidas por mais de cinco meses por problemas com a construtora responsável pela execução do trecho.

“É uma obra muito importante para o município. A população merece essa obra (a duplicação da estrada). Mas nesse ritmo que se desenvolve, só causa transtornos”, protesta o prefeito de Colombo, José Antonio Camargo. A região cortada pela Estrada da Ribeira em Colombo compreende uma população de 80 mil a 100 mil habitantes, que convivem desde 2006 com a falta de sinalização, excesso de buracos das obras inciadas e não acabadas, degraus sem proteção e, principalmente, a ausência de sinalização de alerta, o que coloca em risco os moradores da região e os usuários da via. Até os sinaleiros instalados no trecho de obras estão desligados.
Segundo o prefeito, o canteiro de obras na rodovia parece que não sai do lugar, por causa do ritmo lento. Mesmo o que é feito acaba prejudicado com as chuvas da época.

A Prefeitura vem cobrando da Coordenadoria da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), responsável pela obra, um cronograma definitivo. Na quarta-feira, em uma reunião entre a Prefeitura, Comec e a Construtora Pussoli, J. Camargo ouviu a promessa de que as obras devem ser entregues até o final do ano. O lote dois, que se estende do Alto Maracanã ao Guairituba, está bem adiantada. O Terminal do Alto Maracanã, que também faz parte do projeto, deve ser entregue em fevereiro. Mas o seu funcionamento pleno é condicionado à conclusão do lote um.

Conforme a Comec, por meio de sua assessoria de imprensa, os trabalhos no lote um seguem em ritmo lento por um problema técnico enfrentado pela empreiteira nos últimos dias. A empresa estaria com deficiência de matéria-prima em alguns setores, e teria lavado parte da mão-de-obra dos canteiros para a produção de pedra brita, entre outros. Mas nos próximos dez dias o problema deve ser sanado, e os trabalhos retomados em ritmo acelerado. “Essa promessa nós já ouvimos. Mas esperamos que desta vez seja cumprida”, opinou J. Camargo.

A Pussoli assumiu o lote um em maio de 2007, depois que a Viaplan deixou os trabalhos. A Pussoli também é a responsável pela duplicação do lote dois, que já está 95% pronta. Esse remanejamento de empreiteiras também é apontada como uma das principais causas do atraso no lote um.

O projeto de revitalização da Estrada da Ribeira compreende uma extensão de 6,2 quilômetros, com duplicação da via com seis faixas de rolamento, canteiro central, iluminação, construção de uma nova ponte sobre o Rio Atuba, retornos e bolsões.