CORREDOR DE HOSPITAL
Hospitalizações por SRAGs estão em alta neste ano, aponta boletim da Saúde (Franklin de Freitas)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou, nesta quarta-feira (2), o novo Informe Epidemiológico com dados atualizados sobre os vírus respiratórios que circulam no Paraná. O informe desta semana mostra 1.116 novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Isso eleva para 15.752 o total de registros desde dezembro de 2024 – número 7% maior em relação ao informe anterior (14.636 casos).

Também foram registrados mais 88 óbitos. O total do período chega agora a 829 mortes, 12% a mais em comparação ao boletim anterior, que apresentava acumulado de 741 óbitos.

O Paraná está em alerta para o enfrentamento de casos de SRAGs desde o dia 6 de junho.

O recorte de dados epidemiológicos de 2024 e 2025 da semana epidemiológica nº 18 (que considera dados a partir de 27 de abril) até a semana n° 22 (até 31 de maio), já demonstrava um aumento de 43,17% de casos hospitalizados (saindo de 3.164 para 4.530) por SRAG no Estado.

A faixa etária mais afetada até o momento é a de crianças menores de seis anos, seguida pelos idosos. Do total de notificações de SRAG por vírus respiratórios, 6.201 casos e 390 óbitos apresentavam algum fator de risco identificado.

Sintomas

Entre os principais sintomas das SRAGs estão febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, alterações no olfato ou paladar, falta de ar ou desconforto respiratório, dor ou pressão persistente no tórax, saturação de oxigênio abaixo de 95% em ar ambiente e coloração azulada (cianose) dos lábios ou do rosto.

Esses sintomas são característicos das síndromes gripais que evoluíram para quadros graves. Os principais causadores desse cenário são os vírus Influenza, SARS-CoV-2 (Covid-19), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, que continuam predominantes no Estado.

As informações são referentes a pessoas que apresentaram sintomas entre 29 de dezembro de 2024 e 14 de junho de 2025. Entre os casos confirmados, 2.272 foram por Influenza; 573 por Covid-19; 4.022 por outros vírus respiratórios; 6.083 como SRAG não especificada; 74 por outros agentes etiológicos e 2.728 ainda estão em investigação. Entre os 829 óbitos, 236 (28,5%) foram confirmados para Influenza; 82 (9,9%) para Covid-19; 93 (11,2%) para outros vírus respiratórios; 19 (2,3%) para outros agentes etiológicos, e 385 (46,4%) foram registrados como SRAG não especificada.

Outras 14 mortes seguem em investigação. Também houve notificação de 374 óbitos por outras causas, que não se enquadram nos critérios de SRAG. Em relação às síndromes gripais, que têm monitoramento por amostragem, foram contabilizados 1.677 casos.

O boletim apresenta um panorama geral da situação no Estado. Tem o objetivo de reforçar a vigilância e o monitoramento da Síndrome Gripal (SG) e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Vacinação: quase cinco mil não tinham se vacinado

Com relação à vacinação, os dados mostram que 4.793 pessoas (77,3%) com fatores de risco internados por SRAG por vírus respiratórios não haviam tomado a vacina contra a gripe. Entre os que morreram, 273 também não estavam vacinados (70%).