Em Curitiba, 71% dos casos de dengue têm transmissão local e “nova onda” preocupa

Redação Bem Paraná
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Foto: Pedro Ribas/ANPr

Em 2024, pela primeira vez, Curitiba registrou mais casos autóctones de dengue do que importados. De janeiro a 8 de novembro, foram confirmados 17.626 casos de dengue, sendo 5.040 importados e 12.583 autóctones. Ou seja, 71% dos casos de dengue em Curitiba tiveram a contaminação na própria cidade. A Prefeitura de Curitiba alerta a população elimine os criadouros do mosquito e usem repelente para que uma nova onda de dengue atinja a cidade.

Durante o período de inverno, cai o registro de novas contaminações, mas é preciso lembrar que a fêmea do Aedes depositou seus ovos em vários locais, à espera das condições ideais para eclodir”, alerta da coordenadora municipal de controle do Aedes, Tatiana Faraco.

No trabalho de campo, desenvolvido em toda cidade pelos agentes de combate a endemias (ACE), foram encontrados mais de 3 mil focos do mosquito da dengue. Para eliminar o risco, é necessário lavar recipientes com esponja e sabão e guardá-los em local coberto e protegido da chuva ou eliminar objetos inservíveis. “Sem esse cuidado, podemos ter uma nova onda de casos de dengue em nossa cidade. Além de eliminar os criadouros, também é necessário manter cuidados individuais, como o uso de repelentes para evitar a picada do mosquito contaminado”, diz a secretária.

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Vistorie sua casa para evitar a dengue

O ciclo de reprodução do Aedes aegypti é de cerca de uma semana, entre a fase de ovo, larva e mosquito alado. A vistoria semanal tem o objetivo de interromper esse ciclo e evitar a infestação. Os ovos do Aedes podem permanecer no ambiente por até um ano sem eclodir. Quando há condições ideais de temperatura e água, o ciclo de reprodução se reinicia. “A recomendação é que a família se una nessa tarefa semanal com o apoio de um check list para eliminar tudo que pode acumular água e se tornar criadouro do Aedes e assim a dengue”, orienta Tatiana.

Onde procurar possíveis criadouros