Foto: Reprodução/ Facebook

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu na última segunda-feira (25 de setembro), em Curitiba, uma mulher acusada de furtar diversas residências da Capital. Segundo relatos de vítimas ouvidas pela reportagem, a suspeita dizia ser diarista e oferecia seus serviços através de grupos em redes sociais. Quando contratada, ao invés de fazer faxina na casa fazia era a limpa da casa, permanecendo no imóvel apenas o tempo suficiente para encontrar e furtar bens de alto valor, principalmente joias.

Até o momento, oito vítimas da “diarista-ladra” já apareceram e pelo menos seis dessas pessoas registraram boletim de ocorrência. Os números, no entanto, estão crescendo: o primeiro furto que se tem conhecimento ocorreu em janeiro de 2022, mas muitos dos casos descobertos só vieram à tona após a prisão da suspeita – como a diarista sabia onde as vítimas moravam e grande parte dessas vítimas eram mulheres, muitas pessoas podem não registraram antes o boletim de ocorrência por medo.

Esse foi o caso, por exemplo, de uma moradora do bairro Santa Quitéria, que foi vítima da diarista em maio deste ano. Ela conta que partica em diversos grupos do bairro em que vive no Facebook e estava procurando uma mensalista para trabalhar em sua casa. Foi quando viu diversas publicações da suspeita e resolveu chamar ela para fazer um teste.

“Foi numa terça-feira, seria para ficar meio período. Ela já chegou se sentindo próxima, como uma pessoa boa, de confiança, mostrando foto da filha e tudo o mais. Depois foi fazer o trabalho dela e pediu querosene para limpar os vidros. Eu fui e voltei em dez minutos. E logo depois, menos de uma hora depois, ela disse que a filha estava doente, teria que ir embora, mas que no dia seguinte voltaria”, relata.

No outro dia pela manhã, essa mulher teria uma reunião importante e foi pegar uma de suas joias para vestir. Os objetos, avaliados em R$ 20 mil, haviam sido dados a ela por sua avó, que tem Alzheimer e na época da ocorrência estava internada. “Quando fui pegar esse conjunto de joias, vi que não estava lá. Aí veio a angústia, o frio na barriga, o coração palpitando. Eram joias de muito valor sentimental.”

Foi quando a mulher descobriu que havia sido furtada. Pouco tempo depois ela chegou a ir até uma delegacia, mas na ocasião decidiu não registrar um boletim de ocorrência. “Não fiz o BO por medo de retaliação, ela sabia onde eu moro. Resolvi não fazer e eu sabia que as joias provavelmente já tinham sido vendidas”, conta ela.

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