Encomenda escondia uma bomba perigosa

Artefato, desarmado pela PM, estava em pacote deixado na agência dos Correios do Alto da 15

Carlos Simon

Uma bomba poderosa foi detonada pela Polícia Militar dentro da agência dos Correios do Alto da XV, ontem de manhã. O artefato, segundo o Esquadrão Antibombas, era capaz de matar várias pessoas e danificar o prédio caso explodisse.
O embrulho foi deixado na tarde de quinta-feira por uma mulher, que pretendia enviá-lo via Sedex a um endereço no interior de São Paulo. Na manhã de ontem, uma funcionária da agência da Rua XV de Novembro estranhou ao perceber que o pacote estava quente e acionou a PM.

O Esquadrão Anti-Bombas do Comando de Operações Especiais (COE) evacuou o prédio e isolou a área. Cães farejadores e um espectômetro – aparelho capaz de identificar o interior de objetos – foram usados na tentativa de verificar o conteúdo da caixa. Em seguida, perto da 11 horas, o artefato foi detonado.

De acordo com o COE, a caixa continha TNT – explosivo insensível a fricção ou agitação, que normalmente só explode com uso de detonador.
Segundo a assessoria de comunicação dos Correios, todas as correspondências coletadas nas agências são levadas ao setor de triagem, no edifício central da empresa. Por amostragem, algumas passam pelo espectômetro. A caixa com a bomba não chegou a sair da agência. 

A Polícia Federal assumiu a investigação do caso. A mulher que disse que estava em trânsito – ou só de passagem por Curitiba. Até ontem, ela não havia sido identificada.  À tarde, o Esquadrão Antibombas atendeu outro caso, desta vez na Penitenciária Central do Estado (PCE). Era uma caixa de papelão, com suspeita de acondicionar uma bomba. O local foi isolado, mas a suspeita não foi confirmada.