images–12-
Foto: Divulgação

A velha lenda afirmando que o canto das cigarras pode prever a chuva intriga curiosos até hoje. O professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Fabrício Escarlate, revela que na verdade não é exatamente assim.

O som emitido pelas cigarras é uma interpretação biológica hormonal das mudanças no ambiente, sinalizando uma transição em seu ciclo de vida, fortemente relacionado à idade do inseto.

“Quando o ambiente sinaliza a chegada das chuvas, o sistema nervoso das cigarras interpreta essa mudança e estimula a transição para a fase adulta. Isso ocorre por meio dos hormônios da muda e o juvenil, que regulam a transição entre a forma jovem e a fase adulta das cigarras”, revela o docente do CEUB. Ou seja, a cigarra não “prevê” a chuva, mas sim reage a um conjunto de mudanças ambientais que desencadeiam sua maturidade: “As cigarras não estão percebendo a chuva, mas sim respondendo às mudanças ambientais”,. 

A reprodução delas, segundo Fabrício, coincide com a estação chuvosa. Isso ocorre devido à disponibilidade de recursos nesse período. Em ambientes sazonais, como o Cerrado brasileiro, a sazonalidade das chuvas e a oferta de alimentos desempenham um papel crucial no ciclo reprodutivo. “Essa relação entre cigarras e chuva pode variar em diferentes regiões e biomas, dependendo das condições ambientais específicas”, explica.

Coro masculino da sedução

E a intensidade desse som? O biólogo e docente do CEUB revela que os machos possuem 11 órgãos especializados no abdômen, chamados “órgãos cimbálicos”, que são os verdadeiros produtores dessa sinfonia. O objetivo? Atrair as fêmeas! E o volume é impressionante: o canto pode atingir mais de 120 decibéis, um nível comparável ao de uma britadeira ou de um show de rock.

Portanto, o canto das cigarras não é um barômetro natural, mas sim um elemento vital na fase de reprodução da espécie, uma estratégia de acasalamento que ecoa pela natureza. “Da próxima vez em que ouvir o canto das cigarras, lembre-se que é mais do que uma simples melodia. É a história da adaptação desses insetos à sua busca pela sobrevivência na natureza”, completa Fabrício Escarlate, convidando-nos a ouvir com novos ouvidos.A velha lenda afirmando que o canto das cigarras pode prever a chuva intriga curiosos até hoje. O professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Fabrício Escarlate, revela que na verdade não é exatamente assim.

O som emitido pelas cigarras é uma interpretação biológica hormonal das mudanças no ambiente, sinalizando uma transição em seu ciclo de vida, fortemente relacionado à idade do inseto.

“Quando o ambiente sinaliza a chegada das chuvas, o sistema nervoso das cigarras interpreta essa mudança e estimula a transição para a fase adulta. Isso ocorre por meio dos hormônios da muda e o juvenil, que regulam a transição entre a forma jovem e a fase adulta das cigarras”, revela o docente do CEUB. Ou seja, a cigarra não “prevê” a chuva, mas sim reage a um conjunto de mudanças ambientais que desencadeiam sua maturidade: “As cigarras não estão percebendo a chuva, mas sim respondendo às mudanças ambientais”,. 

A reprodução delas, segundo Fabrício, coincide com a estação chuvosa. Isso ocorre devido à disponibilidade de recursos nesse período. Em ambientes sazonais, como o Cerrado brasileiro, a sazonalidade das chuvas e a oferta de alimentos desempenham um papel crucial no ciclo reprodutivo. “Essa relação entre cigarras e chuva pode variar em diferentes regiões e biomas, dependendo das condições ambientais específicas”, explica.