Na noite de quinta-feira (6), Martina Piazza Conde, estudante do curso de Antropologia e Diversidade Cultural Latino-Americana da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, foi encontrada morta. A Polícia Civil declarou que a jovem, de 26 anos, estava desaparecida desde segunda-feira (3).

O corpo da universitária foi encontrado com sinais de estrangulamento em um apartamento de amigos dela. Segundo a polícia, os proprietários do apartamento tinham viajado e pediram para que ela cuidasse do local.

A polícia não descarta a hipótese de assassinato. Imagens das câmeras de segurança do prédio, mantidas em sigilo pela polícia, identificaram um suspeito de tê-la assassinado.

Desde a manhã desta sexta-feira (7), a polícia tenta encontrar o jovem visto entrando no local com a universitária.  De acordo com a polícia, a filmagem mostra o momento em que os dois entraram no prédio no domingo (2) à noite e quando o homem deixa o local sozinho cerca de uma hora mais tarde.

O delegado Geraldo Evangelista informou que o suspeito aparenta 20 anos de idade, está desempregado e não estudava na Unila. Pelas vistorias feitas, eles teriam entrado no apartamento de forma consensual, declarou.

Depois da identificação, o rapaz foi procurado em casa por policiais do Grupo de Diligências Especiais (GDE), mas não foi encontrado. Ele não aparece em casa há três dias, apontou Evangelista.

A princípio estamos tratando este achado de cadáver como um caso de morte com características violentas, reforçou o delegado ao informar que no apartamento não foram encontradas drogas ou bebidas alcoólicas. Estamos colhendo outros elementos, mas inicialmente não há nada de ilícito. Exames toxicológicos, de alcoolemia e que ajudem a identificar vestígios de violência sexual foram solicitados ao Instituto Médico-Legal (IML), que deve liberar o corpo da estrangeira ainda nesta sexta.

Em um boletim de ocorrência registrado por um colega da estudante, ele disse à polícia que Martina foi vista pela última vez no domingo em frente a um bar no centro da cidade e que teria deixado o local acompanhada por um jovem conhecido. Ainda na quinta-feira, um grupo havia lançado uma campanha nas redes sociais a fim de obter informações sobre o paradeiro da estudante.

Luto

Em nota divulgada hoje por meio da assessoria de imprensa, a Unila decretou luto de três dias em respeito a morte de Martina. “As investigações para identificar a causa e o dia do óbito estão em andamento pela Polícia Civil. Em decorrência do acontecido, a Unila declara luto oficial por três dias, a partir desta data (7). E convida a comunidade universitária para prestar solidariedade, neste momento tão difícil, aos estudantes, especialmente aos seus colegas uruguaios, e os familiares.”

Professores e alunos da universidade devem lembrar a morte da estudante em atos que estão sendo preparados em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no sábado (8).