Ontem, os 80 anos de libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, foram lembrados. Foi o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Em Curitiba, o ato aconteceu no Centro Israelita do Paraná.
No Museu do Holocausto de Curitiba foram lembrados histórias de vida que resistiram ao horror nazista, reforçando a importância de preservar a memória histórica para combater o ódio e o preconceito.
A programação também contou com a presença de Gabriel Waldman, sobrevivente do Holocausto. O autor e sobrevivente do Holocausto Waldman lança seu livro “Ingrid, a filha do comandante”, uma obra de autoficção que narra o relacionamento entre ele e Ingrid, filha de Franz Stangl, comandante do campo nazista de Treblinka.
A trama explora os dilemas morais e emocionais que ainda ressoam a partir das memórias do Holocausto. Recentemente, os direitos da história de vida de Gabriel foram vendidos à Netflix dos Estados Unidos.
Homenagem a Max Epelzwajg Z”L e Hinda Laks Epelzwajg Z”L
Na área externa do Museu, foi inaugurada uma obra em homenagem a Max Epelzwajg Z”L e Hinda Laks Epelzwajg Z”L, que anteriormente decorava o saguão do Hotel Tibagi, no centro de Curitiba.
Hinda Laks nasceu em Leżajsk, na Polônia, sobreviveu ao Holocausto e trabalhou como enfermeira em um campo de refugiados.
Max Epelzwajg, também sobrevivente, imigrou com Hinda e seus filhos para a Bolívia e posteriormente para Curitiba, onde fundaram o Hotel Tibagi, projetado por Jaime Lerner e Domingos Bongestabs.
A cerimônia contou com a presença da filha do casal, do artista, de familiares e convidados, relembrando a trajetória dos Epelzwajg na capital paranaense.
Na solenidade também houve a abertura da antessala reformada do Museu do Holocausto de Curitiba.
A renovação da antessala do Museu é um marco histórico para a instituição. Este é o primeiro grande projeto de reestruturação do espaço desde sua fundação, refletindo um compromisso para dialogar com as transformações na memória do Holocausto ao longo da última década.