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Imagens de câmeras de monitoramento interno da Enaex do Brasil, local onde houve uma explosão na madrugada desta terça, 12, mostram que acidente não está ligado ao manuseio da material. As vítimas, de acordo com a delegada Géssica Andrade, se preparavam para iniciar o turno com uma oração pouco antes do acidente.

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Na explosão, nove pessoas morreram, sete ficaram feridas e uma cratera de 25 metros quadrados foi aberta. Segundo a empresa as vítimas são:

Camila de Almeida Pinheiro;
Cleberson Arruda Correa;
Eduardo Silveira de Paula;
Francieli Goncalves de Oliveira;
Jessica Aparecida Alves Pires;
Marcio Nascimento de Andrade;
Pablo Correa dos Santos;
Roberto dos Santos Kuhnen
e Simeão Pires Machado.

Unidade produz explosivos para construção civil e mineração

Com sede em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, a Enaex do Brasil, ex-Britanite, pertence a um grupo chileno que trabalha com produção de material explosivo para construção civil e de mineração. A informação foi divulgada no início da noite de ontem, logo após o início das primeiras investigações sobre a causa do acidente.

De acordo com a delegada, as imagens que não foram divulgada mostram que as nove pessoas que morreram durante a explosão tinham acabado de chegar na empresa e se preparam para a troca de turno.

“Eles colocam o equipamento de segurança e se reúnem ali para fazer uma prece. É o momento em que que a imagem é cortada e tem a explosão. Então, pelo que a gente pode analisar, eles não estavam manipulando nenhum explosivo naquele momento”, disse a delegada.

As causas do acidente são investigadas e duas funcionárias devem ser ouvidas nos próximos dias. Eles deixam o local minutos antes da explosão, conforme revelam as imagens.

A empresa divulgou uma nota na qual diz estar “à disposição das autoridades a fim de contribuir para o esclarecimento do ocorrido. Novos comunicados serão publicados de forma ativa e transparente, conforme confirmações oficiais.”

Corpos serão reconhecidos pelo DNA

O secretário de segurança pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira disse que os corpos foram fragmentados por conta da energia da explosão. O reconhecimento se dará por mostras de material genético coletado de familiares. O procedimento fica a carga da Polícia Científica do Paraná.

A explosão, segundo o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, Antonio Geraldo Hiller Lino, foi provocada por material de grande potencial destrutivo. O terreno da fábrica foi tomado pelo que sobrou da explosão, dentro de invólucros. Esse material será analisado por especialistas do Esquadrão Antibombas de Curitiba.

Explosão assustou moradores de Grande Curitiba

A explosão ocorreu às 5h50 da manhã em uma área de armazenamento de material explosivo produzido pela fábrica. Os produtos estavam sendo preparados para transporte.

Até esta manhã de quarta, 13, não havia informações sobre a causa do acidente. As investigações serão feitas pelas Polícias Civil e Científica e Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR).