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Ministério Público (Foto: Reprodução/ MPPR)

Um grupo suspeito de integrar uma facção criminosa nacional foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. A denúncia, que envolve 24 pessoas, já foi aceita pela Justiça e tramita na 10ª Vara Criminal de Curitiba.

A ação faz parte da Operação Ruína, deflagrada em maio deste ano pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que apura o envolvimento dos investigados com o tráfico de drogas e movimentações financeiras ilegais.

As investigações apontam que o grupo agia de forma estruturada para lavar o dinheiro obtido com o tráfico, utilizando empresas de fachada, imóveis e veículos de alto valor. No total, a Justiça determinou o bloqueio de cinco imóveis avaliados em R$ 8,7 milhões, além da apreensão de doze veículos cujo valor ultrapassa R$ 1,3 milhão. Também foram sequestrados R$ 3,7 milhões em dinheiro vivo, encontrados em diferentes endereços ligados aos investigados.

As ações da Operação Ruína ocorreram simultaneamente em 22 cidades, distribuídas entre os estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Segundo o Ministério Público, os alvos mantinham uma rotina de movimentação financeira intensa e compatível com o enriquecimento ilícito.

Justiça já mantém 14 pessoas presas

Das 24 pessoas denunciadas, 14 já estão presas preventivamente desde a deflagração da operação. A ofensiva policial cumpriu 16 mandados de prisão temporária, além de dezenas de buscas e apreensões em residências e endereços comerciais ligados ao grupo. A investigação revelou que os envolvidos utilizavam familiares e laranjas para tentar esconder os bens adquiridos com dinheiro do crime.

O Ministério Público afirma que as denúncias são apenas o início do processo judicial e que o objetivo da operação é desestruturar financeiramente o grupo criminoso, impedindo que o dinheiro sujo continue sendo reinvestido em outras atividades ilegais.

O grupo denunciado possui suposta ligação com uma das facções criminosas mais influentes do país. Segundo a apuração, a atuação deles envolvia a coordenação do tráfico de drogas em larga escala, especialmente no Sul e Sudeste, com uso de redes logísticas sofisticadas e forte estrutura de lavagem de capitais.