
Com a chegada das férias, muitos tutores de animais de estimação enfrentam uma dúvida comum: levar o pet na viagem ou deixá-lo sob cuidados em casa? A resposta depende do perfil do animal, do destino escolhido e da estrutura disponível para garantir conforto e segurança durante o período de ausência.
De acordo com a editora da Revista Ecotour News e defensora da causa animal, Vininha F. Carvalho, o mais importante é manter o bem-estar do pet. Uma alternativa prática para quem não pode ou não quer levá-lo é contar com alguém de confiança que possa cuidar do animal em casa, mantendo sua rotina e o ambiente ao qual ele está habituado. “Esse cuidado afasta o estresse e reforça a sensação de segurança”, explica Vininha. No entanto, quando isso não é viável, hotéis para pets ou cuidadores profissionais também podem ser boas soluções — especialmente para animais sociáveis, que podem se beneficiar da interação com outros.
Viajar com o pet: o que considerar
Atualmente, muitos hotéis e hospedagens — no Brasil e no exterior — aceitam a presença de animais, o que facilita o planejamento da viagem. Nesses casos, o transporte adequado é essencial, e o carro continua sendo a opção mais prática e segura, desde que o pet esteja acostumado. “É importante que o animal tenha feito passeios curtos de carro antes da viagem, para que se familiarize com a situação”, alerta a especialista.
Em trajetos longos, paradas regulares são fundamentais. O tutor deve oferecer água, permitir caminhadas curtas e respeitar os horários fisiológicos do pet. No entanto, o excesso de água pode gerar mal-estar, por isso o ideal é equilibrar as quantidades. A viagem também deve ocorrer em horários mais frescos do dia, evitando calor excessivo e congestionamentos.
Segurança e conforto durante o trajeto
A temperatura no interior do veículo deve ser agradável, com boa ventilação e proteção contra luz solar direta. Ar-condicionado é indicado, desde que mantido em temperatura amena. Outro ponto crucial: jamais deixe o animal sozinho dentro do carro, especialmente em dias quentes. “Essa atitude pode ser fatal”, reforça Vininha.
Além disso, o pet nunca deve viajar solto. O uso de caixas de transporte apropriadas é obrigatório. Elas devem ser espaçosas o suficiente para que o animal fique em pé e consiga se mover com facilidade.
Viagem aérea: atenção às restrições
Para quem vai viajar de avião, é importante consultar previamente as regras da companhia aérea. Animais idosos, com doenças cardiorrespiratórias ou neurológicas, além de fêmeas prenhes, devem evitar esse tipo de deslocamento. “O transporte aéreo envolve riscos e limitações, por isso deve ser muito bem planejado”, finaliza Vininha.
Planejamento, cuidado e informação são as chaves para garantir que as férias sejam agradáveis tanto para os tutores quanto para os animais.