‘Férias de verão devem impactar ainda mais hospitais do Paraná’, diz presidente de federação

Saúde Debate

Victor Hugo Junior/UNIOESTE

falta de oxigênio para pacientes com Covid-19 em Manaus (Amazonas) chocou os brasileiros neste mês de janeiro de 2021. Apesar de uma série de fatores explicar o colapso no sistema de saúde da cidade, especialistas já vinham alertando sobre como a relação aumento de casos de Covid-19 x aumento na estrutura de atendimento não é direta para combater o problema. De acordo com profissionais que estão lidando diretamente na pandemia, os recursos são finitos.

Antes da crise do oxigênio em Manaus, já havia ocorrido a discussão sobre a abertura de mais leitos para atender os doentes com Covid-19 a partir do crescimento no número de casos, em determinados momentos da pandemia. No entanto, especialistas ponderavam que não são necessárias apenas camas para isso, mas também equipamentos e profissionais.

Em Curitiba (PR), no mês de novembro de 2020, vários hospitais anunciaram que estavam com a capacidade máxima ocupada para atendimento para pacientes com a doença e que não poderiam receber outros. A situação perdurou por semanas, paralelamente ao aumento no número de casos ativos na cidade. Entre novembro e dezembro, a quantidade de pessoas que tinham potencial de transmitir o coronavírus na capital paranaense chegou a quase 15 mil, um recorde em toda a pandemia. 

Houve movimentação por parte dos estabelecimentos, para reforçar a estrutura. A Secretaria Municipal de Saúde também anunciou a reativação de leitos que haviam sido fechados em momento de queda nos diagnósticos positivos.

O presidente da Federação dos Hospitais Beneficentes e Santas Casas do Estado do Paraná (Femipa), Flaviano Ventorim, lembra que as projeções já indicavam aumento de casos no início de 2021, após as festas de fim de ano. O cenário deve sofrer impacto ainda maior com as férias de verão. Várias regiões do país já vinham em aceleração nos diagnósticos de Covid-19 antes mesmo da virada de 2020 para 2021, o que deve favorecer a aceleração em uma base já elevada de transmissão. “Os hospitais são como a faixa de areia segurando a onda todos os dias. Quando vem o tsunami, passa por cima”, compara.
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