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Fortes Chuvas: Construção de bacia de detenção em Curitiba combate alagamentos e mudanças climáticas

SMCS
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Foto: Ricardo Marajó/SMCS

A Prefeitura de Curitiba está implantando uma grande bacia de detenção no Rio Pilarzinho, mais especificamente na Rua Raquel Prado, entre as ruas Mamoré e Solimões, no bairro Mercês. Essa intervenção faz parte das estratégias do município para prevenir e mitigar os impactos das fortes chuvas, como alagamentos, que se tornaram mais frequentes devido às mudanças climáticas.

“Essa é mais uma grande obra para a contenção de cheias e para evitar possíveis alagamentos nos bairros. É dessa forma, e com um conjunto de ações e serviços, que Curitiba continua se preparando para as grandes chuvas e mudanças climáticas”, afirmou o prefeito Eduardo Pimentel ao acompanhar o andamento dos trabalhos.

O projeto e seus benefícios

A bacia de detenção tem grande importância no sistema de drenagem da cidade, pois sua função é armazenar temporariamente o excesso de água durante períodos de fortes chuvas e liberá-la gradualmente ao sistema de drenagem da cidade. Com 60% dos trabalhos executados, a estrutura, que impressiona pela sua grande dimensão, tem capacidade para armazenar 2.443 metros cúbicos de água — o equivalente a 2.443 caixas d’água de mil litros.

A obra, coordenada pelo Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), conta com R$ 3,6 milhões de investimento, sendo financiada pelo Ministério das Cidades. A estrutura contará com aproximadamente 258 metros de tubulação de PVC estruturado, com cada tubo medindo 3 metros de diâmetro. A instalação dessa tubulação exige escavações de 4 a 7 metros de profundidade.

“Tudo isso para deter grandes volumes de água da chuva de forma temporária, reduzindo a pressão sobre o sistema de drenagem e prevenindo alagamentos em ruas e casas, não somente no bairro Mercês, mas também no Bom Retiro”, explicou o secretário municipal de Obras Públicas, Luiz Fernando Jamur.

Prevenção de alagamentos e inovação tecnológica

A retenção temporária de água terá impacto significativo na prevenção de alagamentos em áreas de risco, como no cruzamento das ruas Paulo Graeser Sobrinho e João Guilherme Guimarães, no Mercês, e na região formada pelas ruas Henrique Itiberê da Cunha, Ângelo Zeni, Tapajós e Albino Silva, no Bom Retiro. Segundo Paulo Lucca, diretor do Departamento de Pontes e Drenagem da Smop, esta é a primeira vez que o município utiliza tubulação de PVC estruturado na construção de uma bacia de detenção, o que resulta em uma obra mais ágil e econômica.

A execução dos serviços ocorre em uma área de lazer, sem comprometer o trânsito. Após a conclusão do sistema de drenagem, será feita a requalificação do pavimento e a revitalização da área de lazer, garantindo que os moradores recebam de volta um espaço completamente requalificado.

Olhar para o futuro

O aposentado Belarmino Concatto, que mora há 30 anos perto do local da obra, compartilhou sua visão sobre o impacto da intervenção. “Essa é uma obra para o futuro. Da sacada, vejo as máquinas, os homens trabalhando, é uma tecnologia e uma força de trabalho impressionante”, comentou.

Com início em agosto do ano passado, a obra tem previsão de entrega para maio de 2025. Luiz Fernando Jamur destacou que essa nova bacia de detenção complementa outras obras de macrodrenagem já realizadas pela Prefeitura na região, como a implantação da galeria celular na Rua Henrique Itiberê da Cunha, concluída em 2021.

Curitiba como referência em sustentabilidade

Além da macrodrenagem, Curitiba se destaca por suas ações sustentáveis, alinhadas ao PlanClima, e por enfrentar as mudanças climáticas com iniciativas como a recuperação urbana, o plantio de árvores, a Pirâmide Solar, o Bairro Novo da Caximba, o programa Amigo dos Rios, a Reserva Hídrica do Futuro e o uso de ônibus elétricos no Novo Inter 2. Essas ações reforçam o compromisso da cidade com a sustentabilidade e com a adaptação às novas condições climáticas.