gata maracujá
Gatos selvagens são os novos moradores do Zoológico de Curitiba. Na imagem, a gata-maracajá. Curitiba, 23/09/2025. Foto: José Fernando Ogura/SECOM

A gata-maracajá, batizada pelos seguidores das redes sociais da Prefeitura de Curitiba de Maracujá, já esta no Zoológico de Curitiba. Ela conheceu o no novo lar nesta última quarta, 24. Ela chegou à unidade de conservação no início do mês de setembro, vinda de Londrina.

Leia mais:

Maracujá pode ser vista no setor dos pequenos felinos, na parte de cima do Zoo, depois do recinto do camelo. De acordo com a bióloga Nancy Banevicius, chefe de Serviço de Fauna do Zoológico de Curitiba, a espécie de gata-maracajá é de hábitos noturnos, ela procura os locais mais escuros e talvez nestes primeiros dias os visitantes do Zoo tenham dificuldade de vê-la passeando pelo recinto.

Logo que saiu da caixa onde estava acondicionada, Maracujá se surpreendeu com os quase 64 metros quadrados que terá disponíveis para viver, brincar e correr. 

“O setor dos pequenos felinos é o nosso antigo setor de grandes felinos que é onde até 2024 eram mantidas as onças-pintadas e pumas. O local fica próximo ao recinto do camelo e ao quiosque onde as pessoas fazem piqueniques, param para ficar e lanchar. É só subir uma ladeirinha e encontrar aqui os pequenos felinos”, explicou Nancy.

Gatos-palheiros

Ao lado da gata Maracujá também estão novos moradores que chegaram na quinta-feira (18/9) ao Zoo. O casal, da espécie gatos-palheiros-do-pantanal, veio do Rio Grande do Sul para viver no Zoológico de Curitiba e já pode ser visto pelos visitantes. O macho e a fêmea ficaram no mesmo recinto e têm recomendação para reprodução, pois são de uma espécie quase ameaçada de extinção. 

Segundo o diretor de Pesquisa e Conservação da Fauna, Edson Evaristo, em abril deste ano o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP)/Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) procurou o Zoológico de Curitiba para ajudar no recebimento de um casal de Gato-palheiro-do-pantanal (Leopardus braccatus).

“Esses animais, provenientes de um criadouro em Goiás, foram levados para o Rio Grande do Sul sem autorização e foram apreendidos pelo Ibama. Como possuímos recinto adequado e desocupado respondemos que poderíamos receber esse casal”, explicou Evaristo.

Os animais estão bem de saúde e se adaptaram ao novo recinto. O macho tem 3,7 quilos e a fêmea 3,9 quilos. No setor dos pequenos felinos também há um gato-mourisco. Antes nestes recintos ficavam os grandes felinos, como onças e pumas. Este setor foi criado em 1989.

Com a grande reforma feita no Zoo em 2024, foram criados os novos recintos dos felinos onde agora vivem as onças-pintadas Cacau (pantera negra), uma das últimas onças-pintadas melânicas da Mata Atlântica, as onças-pintadas Raoni e Maya, as pumas Juma, Gordo e Mali, e o jaguatirica Bagheera. Cada animal em um recinto específico, neste setor que é nove vezes mais amplo que o anterior.

Zoo de Curitiba

O Zoo é responsável pelo cuidado de mais de 1,8 mil animais, que ficam na área de visitação. São cerca de 589 mil metros quadrados, com aproximadamente 165 recintos. Entre os animais, estão alguns de espécies nativas ameaçadas, inseridos em programas nacionais de conservação.

Mais de 70% dos animais vieram de situações de intervenção humana (apreensões, tráfico, circos, maus-tratos) que impossibilitaram sua soltura na natureza. Hoje, recebidos pelo Centro de Apoio à Fauna Silvestre (Cafs), também encontram abrigo e cuidado na unidade de conservação do Alto Boqueirão.

Serviço

Zoo de Curitiba
Endereço: Rua João Micheletto, 1.500 – bairro Alto Boqueirão
Horários de visitação: das 10h às 16h, de terça a domingo
Segundas-feiras são para serviços internos de manutenção
Entrada gratuita