Uma quadrilha portando armas de grosso calibre arrebatou cinco presos e baleou um policial militar ontem de madrugada, no Centro de Detenção Provisória de São José dos Pinhais. Foi a segunda fuga na história do presídio, inaugurado há dois anos como unidade de segurança máxima.
O arrebatamento foi promovido por bandidos que chegaram em dois carros e uma moto, perto das 4h30. O grupo estacionou de ré e logo abriu fogo contra policiais que fazem guarda externa do presídio.
Enquanto corria o tiroteio, cinco presos pularam um muro de seis metros com auxílio de uma teresa (corda feita com lençóis) e em seguida ultrapassaram a cerca que separa o presídio da rua. Um dos fugitivos foi recapturado de imediato.
O cabo Rogério de Souza Antônio, do Batalhão de Polícia de Guardas da PM, levou três tiros — um no pé, outro na mão e outro no peito, retido pelo colete balístico. De acordo com a assessoria de imprensa da PM, o cabo foi hospitalizado e passou por uma cirurgia na mão. Os bandidos fugiram nos mesmos veículos em que chegaram, carregando os presos.
O confronto deixou marcas de tiros em muros e janelas da penitenciária e numa viatura da PM.O Comando do Policiamento da Capital da Polícia Militar informou que vai apurar as circunstâncias da fuga. Todos os presos respondiam por roubo.
Em fevereiro de 2006 — apenas dois meses após a inauguração — cinco detentos fugiram do CDP de São José após escavarem um túnel usando barras de aço.
Os presos ainda confeccionaram uma argamassa com tinta, pasta de dente e papel higiênico para camuflar o buraco na parede. Em maio do mesmo ano, 31 internos iniciaram motim de cinco horas, pouco depois da prisão do advogado de alguns dos presos. Um agente penitenciário chegou a ser tomado como refém, mas foi libertado e o tumulto terminou sem feridos.
O CDP, com capacidade para 870 pessoas, foi construído para abrigar presos à espera de julgamento e desafogar as delegacias da Polícia Civil.
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