
O corpo de um homem foi encontrado sem vida na noite desta quinta, 19, em meio a um matagal, na Rua Daisy Luci Berno esquina com Rua Ponta Grossa, no bairro Portão em Curitiba. A vítima foi encontrada por moradores da região e apresentava ferimentos de agressão. A Polícia investiga envolvimento de seguranças de supermercado na morte de homem.
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Testemunhas afirmaram à Polícia Militar, chamada para atender a ocorrência, que o homem teria sido deixado no local por três homens que seriam seguranças na loja do Muffato, do bairro Portão.
A Polícia Científica realizou a perícia no local e conseguiu coletar algumas evidências. Até o momento a vítima não foi identificada. O corpo foi encaminhado à Seção de Tanatologia Forense da Polícia Científica de Curitiba.
O homem morto teria sido flagrando roubando dentro da loja. Segundo o Boletim de Ocorrência, a PMPR teria sido acionada como sendo de abordagem de pessoa suspeita no local.
O que diz o Boletim de Ocorrência sobre a morte do homem?
Conforme o BO, os policiais foram acionados posteriormente para prestar atendimento a um indivíduo caído. Ao chegarem, se depararam com a vítima de bruços já sem vida.
Testemunhas foram ouvidas pela equipe policial. Uma delas, que estaria de moto, relatou ter visto os três homens – 1 funcionário e dois seguranças do supermercado – deixando o corpo na rua. Ele relatou ainda ter ouvido conversar entre eles.
Um deles, segundo essa testemunha, teria questionado os demais sobre o estado do homem. ‘Será que está morto?, teria dito. Um deles respondeu: ‘Está só desmaiado”. Após deixarem o corpo, teriam seguido sentido Avenida Wenscelau Braz.
Neste momento, conforme a testemunha, ele teriam acionado o 192. Ele fez um vídeo do local ao perceber que o atendimento a ocorrência iria demorar. Em seguida, de posse das imagens, se dirigiu até o 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, localizado no Portão. Após verem o vídeo, os bombeiros foram então verificar a ocorrência, segundo descrito no BO. Essa testemunha retornou ao local.
Simultaneamente, uma equipe estava na loja do Muffato do Portão, em atendimento a uma ocorrência repassada como furto. O gerente da loja teria dito que nenhum dos três, que teriam deixado o corpo do homem, já não estavam mais na loja.
Uma das testemunhas ouvidas, teria ainda relatado que o homem estaria fugindo, após furtar o mercado. Os funcionários teriam dado um ‘mata-leão’ e agredido a vítima.
Resposta do Grupo Muffato sobre morte
Procurado pela reportagem, a assessoria do Grupo Muffato, informou encaminhou a seguinte nota:
O Muffato repudia veementemente qualquer ato de violência ou conduta que contrarie os princípios de respeito à vida, à dignidade humana e à ética.
Na noite da última quinta-feira (19), um episódio grave ocorreu nas imediações de uma de nossas unidades, em Curitiba. Os fatos estão sob apuração das autoridades policiais, com total apoio e cooperação do Muffato.
Quanto a participação dos envolvidos , ainda sob investigação, ressaltamos que a empresa não orienta, autoriza ou tolera qualquer ação fora dos seus protocolos operacionais de segurança e princípios institucionais. A conduta em apuração não reflete, sob nenhuma hipótese, os valores que defendemos.
Manifestamos solidariedade à família da vítima e seguimos colaborando integralmente com as autoridades para que os fatos sejam esclarecidos com transparência e justiça.
Reiteramos nosso compromisso com a integridade, o respeito à vida e a confiança nas instituições.