
A Ilha do Mel, um dos principais pontos turísticos do Litoral do Paraná, terá um marco regulatório, A proposta foi aprovada, por unanimidade na Assembleia Legislativa do Paraná, em sessão plenária desta quarta, 19.
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O marco regulatório aprovado tem foco no desenvolvimento sustentável, saneamento básico e planejamento urbanístico. A proposta busca garantir os direitos das comunidades tradicionais, proteger o meio ambiente.
O projeto de lei 790/2024, do Poder Executivo, passou me primeiro turno e visa melhorar a gestão da ilha situada na Baía de Paranaguá, de forma sustentável, priorizando a preservação dos ecossistemas, o turismo ecológico e o uso racional dos recursos naturais.
Ilha do Mel terá capacidade de visitantes dobrada
A medida recebeu votação unânime e manifestação dos parlamentares. “Um projeto muito importante, que trata da regularização fundiária da Ilha do Mel, aumentando o número de visitantes de 5 mil para 11 mil. No entanto, teremos também, por parte do IAT (Instituto Água e Terra), uma fiscalização rigorosa sobre a entrada de animais domésticos, o uso de som e a reorganização do local”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alexandre Curi (PSD).
O projeto define que o IAT terá a responsabilidade de fiscalizar e administrar o território, com a colaboração do município de Paranaguá e da União. Uma Unidade de Administração da Ilha do Mel (UNADIM) será criada para coordenar as ações, com um Comitê Gestor formado por representantes dos três níveis de governo. A proposta inclui a criação de um Conselho Comunitário Consultivo para garantir a participação da comunidade local nas decisões.
A proposta reconhece Ilha do Mel como área protegida; promove o alinhamento com diretrizes internacionais do Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS); gestão integrada com a preservação ambiental; regularização da ocupação e combate à especulação imobiliária; garantias de direitos às populações tradicionais, e o fomento ao turismo sustentável e à economia local.
O deputado Anibelli Neto (MDB) exaltou a participação dos diversos atores envolvidos no processo, como o Governo Federal, pelo Serviço de Patrimônio da União; o governo do Estado do Paraná por meio da Casa Civil e do IAT; do superintendente-geral de relações institucionais do Estado, Renato Adur; do Ministério Público Estadual; Ministério Público Federal; prefeitura de Paranaguá; associações de moradores e os conselhos das comunidades tradicionais do Estado do Paraná; além dos parlamentares que não apresentaram emendas para que o projeto avançasse.
O deputado Goura (PSD) ressaltou o consenso na construção da proposta respeitando a voz das comunidades, pensando na sustentabilidade ambiental e cultural.