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(Franklin de Freitas)

Pelo terceiro mês seguido, a taxa de inadimplência do aluguel no Paraná registrou alta. Saiu de 2,53%, em maio, para 2,79%, em junho – sendo a segunda maior do ano –, com variação de 0,26 ponto porcentual.

No comparativo com o mesmo período de 2024 (2,38%), houve um aumento de 0,41 ponto porcentual. Apesar do aumento, o índice no estado ainda está abaixo da média nacional, que foi de 3,59% em junho.

Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.

“Esse aumento revela que os orçamentos familiares continuam apertados, o que tem levado ao prolongamento do atraso nas dívidas e dificultado a retomada do equilíbrio financeiro”, disse Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica. “Em um cenário assim, torna-se ainda mais importante acompanhar de perto as projeções para inflação e juros. Qualquer alta pode agravar a inadimplência no pagamento do aluguel e intensificar o endividamento das famílias nos próximos meses”.

Em junho, a região Nordeste voltou a figurar no topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,80%. A região Norte fechou em 4,09%, após ficar em primeiro lugar em maio (4,77%), uma retração de 0,68 ponto percentual. Centro-Oeste vem logo em seguida, com taxa de 3,78%, ultrapassando o Sudeste, com taxa de 3,38%. A região Sul segue com a menor taxa do país, 3,17%.

Por tipo de imóvel

O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Sul, a taxa de inadimplência de apartamentos caiu para 1,99%, em junho, abaixo da média nacional de 2,47%. A de casas foi de 3,41% para 3,77%, também abaixo da média nacional de 3,96%. Já os imóveis comerciais registraram 4,07% de inadimplência, após 3,45% no mês anterior. No país, a média foi de 4,91% no mesmo período.

No cenário nacional, a inadimplência em imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continua em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de 6,54% em junho. Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 tiveram a maior alta já registrada desde o início do índice, em outubro de 2023, com 5,79% de inadimplência. A menor foi de imóveis de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00 (2,17%). Já em relação aos imóveis comerciais a faixa até R$ 1.000,00 continua com a maior taxa (7,48%), sendo a maior já registrada pelo índice também; e a menor foi na faixa de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00, de 4,17%.