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Primavera, a estação das flores (Foto: Arquivo/ Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

Os últimos dias de inverno em Curitiba serão com céu claro e calor, enquanto a chegada da primavera de 2025, conhecida como a estação das flores, trará mudanças significativas nas condições climáticas. É o que apontam previsões do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Segundo o Inmet, até quarta-feira (24) uma intensa frente fria avançará sobre as regiões Sul, Sudeste e partes do Centro-Oeste e Norte, provocando temporais, antecedidos de fortes ventos. Em seguida, uma massa de ar frio e seco causará acentuado declínio das temperaturas, com previsão de geada no Sul e queda de temperatura na Região Norte.

Inicialmente, os temporais devem atingir áreas do Rio Grande do Sul. Em seguida, com o avanço da frente fria, as áreas de instabilidade se espalharão por toda a Região Sul e também chegarão a partes de Mato Grosso do Sul, podendo atingir o extremo sul e sudoeste de São Paulo.

Previsão para Curitiba

Na capital paranaense, os próximos dias serão de calor e céu claro, prevê o Simepar. Nesta sexta-feira (19 de setembro), por exemplo, a temperatura na cidade deve variar entre 25 e 13ºC. No sábado, entre 13 e 29ºC. E no domingo, entre 18 e 29ºC.

A partir de segunda-feira (22 de setembro), contudo, começa a esfriar. No primeiro dia da primavera a cidade deve ter temperatura entre 13 e 21ºC, com redução gradativa das temperaturas máximas e mínimas nos dias subsequentes.

Além do frio, no entanto, a chuva também deve dar as caras. Para a própria segunda a previsão é de um dia chuvoso, com precipitação acumulada de 21,1 milímetros.

La Niña

Relatório da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, a sigla em inglês) – agência científica e reguladora americana de previsão do tempo – avaliou que o fenômeno La Niña pode influenciar o regime de chuvas, durante a primavera no Hemisfério Sul, devido ao aumento da umidade vinda da Amazônia e da formação de sistemas meteorológicos.

A meteorologista do Inmet, Danielle Ferreira, explica que, em anos do La Niña, observa-se a redução das chuvas na Região Sul, tanto na quantidade, quanto na frequência, havendo possibilidade de alguns períodos longos sem precipitações.

No entanto, não é somente no Sul brasileiro que o La Niña tem forte impacto. Todo esse movimento que caracteriza o fenômeno nasce no Oceano Pacífico Equatorial e reverbera, de formas distintas, em diversas locais.

“As frentes frias passam mais rapidamente sobre a parte leste da Região Sul e acabam levando mais chuvas para o Sudeste, podendo chegar a até parte do litoral nordestino. Esse comportamento típico nem sempre ocorre, pois é necessário considerar também outros fatores como a temperatura do Oceano Atlântico (tropical e sudeste da América do Sul), que também pode atenuar ou intensificar os impactos do fenômeno”, esclareceu a meteorologista.

Formação

Tanto o La Niña quanto o El Niño se formam no Oceano Pacífico Equatorial. Isso reforça a tese de que os oceanos exercem grande influência sobre o clima em diversas partes do planeta.

Danielle explica a diferença entre esses dois fenômenos climáticos. O El Niño é o aquecimento anômalo das águas do Pacífico Equatorial, enquanto o La Niña, caracteriza-se pelo resfriamento anômalo dessas águas. “Por isso, a importância do monitoramento de suas condições”, avaliou.

Estação das Flores

A primavera é chamada de estação das flores porque o aumento da temperatura e da umidade do ar após o inverno favorece o desabrochar de inúmeras espécies de plantas, que voltam a brotar, crescer e encher as paisagens de cor e vida com suas flores. O fenômeno torna a estação visualmente mais vibrante e colorida, tanto em jardins e parques quanto em campos.