Jato cai, atinge três casas e deixa oito mortos em São Paulo

Aeronave Learjet 35 caiu após decolar do Campo de Marte. Foi o quarto acidente aéreo em uma semana na cidade

Da Redação do Jornal do Estado

Um avião executivo Learjet 35 caiu por volta das 14h10 de ontem após decolar do Campo de Marte, deixando oito mortos na zona norte de São Paulo. Segundo o Coronel Paião, do 9º Batalhão da Polícia Militar. A aeronave havia acabado de decolar, com direção ao Rio de Janeiro, quando se inclinou totalmente para a direita e caiu, atingindo três casas da região, na Rua Bernardino de Sena. A queda do jato foi o quarto acidente aéreo em uma semana em São Paulo. Na quinta-feira, 1º, três helicópteros caíram no Estado e deixaram pelo menos três mortos.

Entre os mortos, estão o piloto Paulo Roberto Montezuma Firmino, 39 anos, e o e o co-piloto, Alberto Soares Junior, de 24 anos. Além disso, outras duas pessoas ficaram feridas e encaminhadas ao Hospital do Mandaqui, mas não correm risco de morte.
O jatinho tinha o prefixo PTOVC e pertencia à empresa Reali Taxi Aéreo, especializada no transporte de pacientes inter-hospitalares e órgãos para transplantes. Esse modelo de avião tem capacidade para até 8 passageiros, além do piloto e co-piloto. A caixa-preta da aeronave já foi encontrada.

O coronel Carlos Minelli de Sá, do SRPV (Serviço Regional de Proteção ao Vôo), órgão ligado à Aeronáutica, afirmou que o avião bimotorvirou para o lado errado após deixar o Campo de Marte. De acordo com o coronel, a torre de comando do Campo de Marte tentou entrar em contato com o Learjet para informar que a rota estava errada, mas não obteve resposta. Em seguida, o avião caiu de bico sobre as casas da rua Bernardino de Sena.  Os motivos pelos quais o Learjet adotou a trajetória errada serão investigados pelo SRPV nos próximos 30 dias. Os dados meteorológicos da região no momento do acidente deverão fazer parte das investigações.

Campo de Marte — Rodeado por casas e avenidas, o Campo de Marte é usado para pousos e decolagens de aviões de pequeno porte e foi uma das opções para desafogar o tráfego aéreo de táxis executivos do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista. A medida foi tomada depois do acidente da TAM, em 17 de julho deste ano, que deixou 199 mortos.