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Guilherme Sell (foto: reprodução / Facebook)

O jornalista Guilherme Sell, que trabalha no Instituto Municipal De Administração Pública (IMAP), da Prefeitura de Curitiba, embarcou nesta sexta-feira (1) para Washington, capital dos Estados Unidos. Ele será observador internacional das eleições para presidente dos Estados Unidos, marcada para esta terça-feira (5).

Em eleições, observadores internacionais têm a função de acompanhar o processo eleitoral, ampliar a transparência eleitoral, fortalecer a confiança pública nas eleições e consolidar o processo democrático.

Na verdade, a eleição já começou: muitos eleitores mandaram votos pelo correio. Contudo, muitos estados fizeram mudanças desde 2020 para facilitar o processamento de cédulas enviadas pelo correio, que demoram mais para serem contadas.

Como funciona a eleição dos EUA

A eleição será basicamente entre a candidata democrata e atual vice-presidente Kamala Harris, que tem o governador de Minnesota, Tim Walz, como vice-presidente, e candidato republicano é o ex-presidente Donald Trump, que tem o senador JD Vance, de Ohio, como vice. Há outros candidatos de partidos pequenos na disputa, mas que na prática não têm chance de vencer.

Para ser eleito presidente dos Estados Unidos, um candidato precisa conquistar pelo menos 270 dos 538 votos dos delegados do Colégio Eleitoral — ou seja, a maioria absoluta. A definição pode demorar alguns dias.

A quantidade de delegados por estado é definida pelo número de deputados e senadores que esse estado tem no Congresso. Quanto mais delegados tiver um estado, mais representatividade ele terá. A Califórnia, por exemplo, conta com 55 delegados. Já o Arizona tem apenas 3.

Dos 50 estados norte-americanos, 48 adotam a sistemática winner takes all (ou “o vencedor leva tudo”). Se um candidato obtém a maioria dos votos nesse estado, fica com todos os votos do Colégio Eleitoral. Somente os estados de Maine e Nebraska (com 4 e 5 delegados, respectivamente) distribuem os votos proporcionalmente.

Essa forma de eleição abre a possibilidade de um candidato vencer mesmo sem conquistar a maioria absoluta dos votos. Foi o que aconteceu em 2016. A então candidata democrata Hillary Clinton teve quase três milhões de votos diretos a mais que o republicano Donald Trump. Mas ela conquistou somente 227 delegados, contra 304 de Trump.