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Acusados de ataque com soda cáustica a jovem no Paraná irão a Júri Popular. (Divulgação)

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidi que o caso do ataque com soda cáustica contra Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 24 anos, deve ir a júri popular. O crime ocorreu em maio de 2024 e duas pessoas são acusadas do ataque. A decisão foi proferida na última sexta-feira (16), mas a data do julgamento ainda não foi definida.

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O crime, segundo o TJPR, é de feminicídio. Respondem pela tentativa o ex-namorado da vítima, Marlon Ferreira Lemes, e a atual companheira dele, Débora Aparecida Custódio Ferreira. A Vara Criminal de Jacarezinho, onde o crime aconteceu, entendeu que o caso deve ser julgado pelo Conselho de Sentença, no Tribunal do Júri. A defesa dos acusados disse que recorrerá da decisão

Ambos estão presos. Marlon segue custodiado na Penitenciária Estadual de Londrina e Débora na Cadeia Pública de Santo Antônio de Platina.

O ataque com soda caústica

Isabelly foi atacada com soda cáustica em 22 de maio de 2024, na cidade de Jacarezinho, no Norte do Paraná. Em decorrência do ataque, ela precisou ficar internada por 18 dias no Hospital Universitário de Londrina.

As investigações, através de imagens de câmeras de segurança, mostram que a responsável pela agressão foi Débora, atual namorada de Marlon.

Denúncia por ataque com agravante

Em junho, o Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Débora por tentativa de homicídio com agravantes de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo fútil (ciúmes do ex-companheiro), meio cruel e feminicídio — por se tratar de um crime motivado pela condição de gênero da vítima.

Marlon será julgado como suspeito de ser o mandante e idealizador do ataque. Ele foi formalmente acusado em abril. Marlon à época já estava preso por roubo de celular.