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(Foto: Reprodução/MPPR)

Nesta quinta-feira, 23 de maio, em Campina Grande do Sul, o julgamento de um homem denunciado pelo Ministério Público do Paraná por homicídio qualificado pela morte da enteada em 2007 foi adiado pela segunda vez em razão de um pedido da defesa – alegou-se que não possuía tempo hábil para a realização da sessão plenária. O Júri deveria ter ocorrido já no dia 15 de maio mas, naquela ocasião, a defesa apresentou um atestado médico justificando que o réu tinha um problema de saúde e não poderia comparecer em plenário. Coincidentemente, na mesma semana em que ele seria julgado, outra ré, coautora do crime e mãe da vítima, havia sido presa depois de ficar foragida por 17 anos, após o caso ser noticiado em um programa de televisão.

A vítima foi morta em 12 de fevereiro de 2007, em Quatro Barras, também na Região Metropolitana de Curitiba, deixando dois filhos, um menino e uma menina, de 5 anos e 9 meses na época. O crime teria sido praticado pelos dois denunciados justamente porque a avó queria a guarda do neto, que disputava com a filha em um processo judicial. Segundo a denúncia do MPPR, os acusados mataram a mulher na casa dela, após um almoço familiar. Ela foi enforcada com um fio elétrico e teve o corpo colocado embaixo de uma cama: o cadáver foi descoberto dois dias depois.

O Ministério Público sustenta que o homicídio teve três qualificadoras: motivo fútil, meio cruel e meio que impossibilitou a defesa da vítima. O caso será julgado em Campina Grande do Sul pois o Município de Quatro Barras, na época do crime, integrava a comarca. O julgamento foi redesignado para o dia 5 de junho.

Foragidos – O casal ficou foragido por muitos anos. A mãe da vítima foi presa no dia 11 de maio, na cidade de Marilândia do Sul, após o caso ser exibido em um programa de TV que trata de fugitivos do Judiciário. Com a prisão, o processo dela terá prosseguimento. No ano passado, o então marido dela foi preso em Apucarana, estando detido até hoje. As ações penais contra os dois foram desmembradas, de modo que cada um dos réus responde a uma ação específica.