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Bandeira trans Foto: Divulgação MDHC

Uma mulher transexual que mora em Umuarama, no Noroeste do Paraná, aguarda há mais de dois anos por uma cirurgia de redesignação sexual pelo SUS. Mesmo com indicação médica e psicológica confirmada por uma equipe de saúde, o procedimento ainda não foi realizado.

Diante da demora, o Ministério Público do Paraná entrou com uma ação na Justiça pedindo que o Estado seja obrigado a garantir o acesso à cirurgia. A solicitação foi feita pela 4ª Promotoria de Justiça da comarca de Umuarama.

Acompanhamento e laudo médico confirmam necessidade

A paciente está em acompanhamento desde 2021 com uma equipe multiprofissional, como prevê a Portaria nº 2.803/2013 do Ministério da Saúde, que regulamenta o processo transexualizador no SUS. Após dois anos de acompanhamento, os profissionais concluíram que a cirurgia é clinicamente indicada como parte do tratamento para a disforia de gênero.

Mesmo com todos os critérios legais e médicos cumpridos, a mulher ainda não conseguiu acesso ao procedimento. Atualmente, o Paraná não oferece a cirurgia de redesignação pelo SUS, nem possui acordos com outros estados para realizar o encaminhamento da paciente.

O Ministério Público argumenta que a situação fere o direito constitucional à saúde e à dignidade humana. A ação judicial destaca que o tratamento deve ser garantido de forma integral, universal e igualitária, como prevê a Constituição e as diretrizes da política nacional de saúde LGBTQIA+.