Mica e Vaniza
Sanitarista Micaela Boaventura e técnica em enfermagem Vaniza Zague. Foto Flávia Adans

Após casos de sarampo serem registrados primeiramente no Rio de Janeiro e depois no Distrito Federal, houve a preocupação de todos os municípios no país com relação ao retorno da doença ao Brasil. Micaela Góes Boaventura, sanitarista apoiadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, (Cievs) em Paranaguá, explica que foram três casos de sarampo no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal, desta forma, o Cievs emitiu um alerta nacional.

“Começamos a identificar a probabilidade do retorno da doença no nosso Estado e, no caso, na nossa cidade de Paranaguá. Com essa informação, verificamos como está a situação de vacina, trabalhamos com a preparação das equipes para esse alerta para que tenhamos um olhar mais sensível dos profissionais de saúde com relação a essa doença”, detalha.

No ano passado, segundo a sanitarista, ocorreu um monitoramento estratégico de vacinação (MEV) com o Ministério da Saúde trabalhando esse cenário em todo o país. “Em Paranaguá não é diferente, ele já vem trabalhando com a busca ativa de vacinação principalmente dos escolares, mas precisamos alertar a população da importância das pessoas adultas também se vacinarem. A vacina é muito importante principalmente para o público com idades entre 1 a 29 anos”, reforça.

Vacina sarampo
Paranaguá vem trabalhando com a busca ativa de vacinação contra o Sarampo. Foto Flávia Adans

 Micaela Boaventura alerta que o sarampo é uma doença viral aguda, contagiosa, é transmitida pelo ar e permanece duas horas no ambiente. “O nível de contágio dela é muito alto e as crianças lactantes, que são aquelas menores de um ano e os adultos têm mais chances de tê-la de forma grave. Porque as crianças lactantes ainda não tomaram a vacina que é a partir de um ano, e os adultos que ou não completaram a dose ou que já faz muito tempo que eles tomaram a vacina”, enfatiza.

O Brasil continua com o título de erradicação para o sarampo. Para que ele perca esse título, é necessário que haja uma sustentação da doença, do agente infeccioso. “Para que haja essa sustentação, é preciso ter casos durante um período de 12 meses contínuos. Se tiver apenas casos esporádicos, como o que aconteceu no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, o Brasil não perde o certificado”, reforça Micaela Boaventura.