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Festa da Tainha movimenta Paranaguá (Foto: PMP/Divulgação)

A tradicional Festa da Tainha de Paranaguá começa nesta sexta-feira (11) e segue até o dia 20 de julho com uma programação repleta de música, cultura e, claro, muita tainha assada. O evento vai dá visibilidade à rotina árdua das comunidades pesqueiras da baía de Paranaguá, que trabalham para levar o melhor peixe à mesa dos visitantes.

Além dos pratos típicos, a festa contará com shows nacionais, apresentações culturais e uma programação voltada para toda a família.

Sete colônias pesqueiras , Ilha do Teixeira, Europinha, Eufrasina, Amparo, Piaçaguera, São Miguel e Ponta do Ubá, se unem para fornecer a tainha que será servida durante os dez dias de evento. O prato, que tradicionalmente serve quatro pessoas, custará R$ 125, mas de segunda a quinta-feira, uma parceria com os pescadores permite um valor mais acessível: R$ 95, como forma de incentivar a participação da população local.

Rotina começa de madrugada

O dia dos pescadores começa cedo, muitas vezes às 4h da manhã. Ainda no escuro, os profissionais do mar conferem motores, redes e equipamentos antes de partir. Enfrentam o frio, o vento e o mar agitado para manter viva uma tradição que passa de geração em geração.

A temporada da tainha acontece entre maio e agosto, quando o peixe está mais gordo e valorizado. Nara Cristina Barbosa, moradora da comunidade do Amparo há mais de 20 anos, explica: “Durante esse período, a gente parte para o mar, porque é quando ela está maior, mais gorda, mais vantajosa para a venda”.

Fernanda Nascimento Pereira, que também trabalha na pesca com a família, reforça que o tamanho do barco influencia diretamente na quantidade de peixe. “Depende muito do tamanho do barco. Os pequenos pescadores, que têm barcos menores, conseguem pegar uma quantidade menor, enquanto os maiores, como o do meu pai, podem chegar a uma tonelada de tainha. Na festa a gente trabalha com qualidade controlada, porque a tainha precisa estar entre 1,8 a 2 quilos para ser vendida na festa. Se ela for menor, fica mais difícil para a venda”, conta.

Com grande fluxo de turistas, a demanda é tão alta que muitas vezes os organizadores precisam contar com o apoio de outras colônias para atender o público.