Uma operação de fiscalização confirmou o que moradores de Paranaguá já suspeitavam: o esgoto de algumas residências está sendo despejado diretamente no Rio Itiberê, sem nenhum tipo de tratamento.
A vistoria passou por dois pontos críticos. O primeiro foi na Vila Itiberê, atrás do Sesc. Lá, com o uso de um líquido avermelhado, os fiscais identificaram que o esgoto de uma residência vai direto para uma área de mangue. “Tudo o que é jogado aqui, depois de usar, vai parar lá no mangue”, relatou um morador que acompanhou a ação.
Na sequência, a fiscalização seguiu até a região da Costeira. Moradores também relataram mau cheiro constante vindo do esgoto. “A gente sofre com o cheiro ruim, e sabe que o problema é o esgoto que não é tratado direito”, comentou uma moradora.
Fiscalizações no rio devem continuar
Segundo o prefeito, as fiscalizações devem continuar. Ele lembrou que criou a Secretaria de Fiscalização dos Contratos, responsável por acompanhar de perto os serviços de saneamento básico e transporte coletivo.
A engenheira química Larissa Viana, diretora de fiscalização da Cagepar, alertou para os riscos ambientais.
“A forma como o esgoto está sendo descartado é uma agressão à natureza. A população paga por um serviço que não está sendo oferecido de forma adequada. A Paranaguá Saneamento precisa seguir as leis ambientais, fazer estudos do corpo receptor e garantir que o descarte seja feito de maneira correta”, disse. A secretária da Semfisc, Isabele Gonçalves, também reforçou que a fiscalização será constante até que as normas sejam cumpridas.
A Paranaguá Saneamento, concessionária responsável pelo serviço, deve ser notificada a se adequar às exigências ambientais.