Municípios do Litoral do Paraná competirão na 5ª edição da campanha “Aqui o Mosquito Não Entra”

Redação Bem Paraná com assessoria
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(Foto: Flávia Adans)

Pelo quinto ano consecutivo, o Sesc Paraná realiza a campanha “Aqui o Mosquito não Entra”. A ação, lançada nesta quarta-feira, 12, prossegue até 30 de maio e contará com a participação das cidades litorâneas.

Neste ano, Paranaguá, Guaraqueçaba, Morretes e Antonina se enfrentarão na competição pelo título de cidade que mais elimina criadouros do mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue, zika, chikungunya, febre amarela e outras arboviroses. A ação é uma disputa virtual que mobiliza a população
no combate ao inseto.

O gerente do Sesc Paranaguá, Joel Viana Rebello Júnior explica que além das prefeituras e do Governo do Estado que fazem parte da campanha, órgãos, instituições e a população em geral estão convidados a participar da ação.

“Estamos fazendo uma corrente do bem pra poder eliminar de vez esse mosquito. Nosso intuito é de que todos juntos possam de alguma forma, através do aplicativo do Sesc, registrar a eliminação de criadouros
para termos também os números de focos registrados. Queremos contar cada vez mais com um ambiente saudável e longe da dengue e outras doenças”, destaca.

O acesso à disputa é feito pelo aplicativo do Sesc PR, onde os participantes podem cadastrar possíveis focos do mosquito, registrar fotos de sua remoção e acumular pontos.

Já é possível ter acesso à campanha por meio do aplicativo do Sesc PR, realizar o cadastro e participar da competição. As participações podem ser individuais ou por equipes. Os participantes e municípios com maior engajamento das regionais e do Estado serão premiados com troféus e medalhas. Os seis primeiros colocados do estado serão premiados com estadias no Hotel Sesc Caiobá.

O diretor da 1.ª Regional de Saúde, Leovaldo Bonfim participou do lançamento da campanha no Sesc e ressalta que a ação envolve toda a comunidade. “É uma iniciativa muito importante porque ela vem de
encontro com a nossa necessidade de sempre buscar alternativas ao combate à dengue. Sabemos que estamos numa época muito complicada, verão, chuva, calor e com isso, o mosquito se prolifera rapidamente.


Ligeiramente ele se cria nos lugares que menos esperamos e pode realmente trazer problemas sérios para a saúde”, enfatiza. A 1.ª Regional de Saúde de Paranaguá corresponde aos setes municípios litorâneos.

“O combate à dengue é um evento multidisciplinar, não pode ser somente uma parte trabalhando. O governo trabalha com uma parte, a população com outra, as prefeituras com outra. É uma somatória de esforços que podemos utilizar para combater a dengue e o Sesc é mais um desses componentes que agregará entidades em prol dessa necessidade de combater o transmissor da doença”, afirma.

Dengue no Litoral


Conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado em 28 de janeiro, o litoral contava com 528 casos de dengue e nenhum óbito.

Até 2024, o ano epidemiológico era registrado de agosto a julho do ano seguinte. De acordo com Leovaldo Bonfim, a Sesa alterou essa forma e agora, o ano epidemiológico seguirá o mesmo período apresentado pelos boletins do Ministério da Saúde, de janeiro a dezembro. “A partir de 2025, a Sesa alterou a forma de contabilização dos casos no calendário epidemiológico padronizando essa contabilização com o Ministério da Saúde. Isso facilitará para que tenhamos uma nação mais abrangente dentro de um ano com relação aos casos”, observa.

Diovaldo de Freitas, chefe da Vigilância Ambiental da 1.ª Regional de Saúde reforça que a campanha é muito importante para alertar a população, fazê-la se lembrar da necessidade de eliminar o mosquito. “Não podemos desprezar o comportamento do mosquito e nem do que a dengue é capaz. Precisamos sempre dessa educação sanitária, do cuidado com o lixo e da necessidade de eliminá-lo para assim, eliminarmos da doença. É importante que a população realmente entenda qual é o comportamento do mosquito e o que ele pode transmitir para nós”, ressalta

Sorotipo 3


Paranaguá já conta há alguns anos, com dois sorotipos da doença, o DEN 1 e o DEN 2, contudo, como o Paraná já registrou casos de DEN 3, Bonfim reforça que a eliminação do mosquito é fundamental para que Paranaguá e o litoral não voltem a registrar um número elevado de casos. “Não podemos deixar de nos preocupar com a chegada, por exemplo, de um novo sorotipo da dengue. Muitas pessoas já contraíram os dois sorotipos mais comuns na região, mas a população não está acostumada com o tipo 3
que já circula no interior do Paraná e que para nós ainda é desconhecido”, destaca.