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(Foto: PMA)

Paranaguá substituiu o sistema de monitoramento anterior pela nova Muralha Digital, que traz inteligência artificial, reconhecimento facial e cobertura ampliada para pontos estratégicos, como escolas, terminais e praças.

O antigo sistema contava com 100 câmeras, sendo 97 em funcionamento, a um custo anual de R$ 3,75 milhões, o equivalente a R$ 37,5 mil por câmera. Agora, serão 659 câmeras de última geração com custo total de R$ 4,64 milhões por ano, o que significa R$ 7,04 mil por equipamento.

Isso representa uma redução de 81% no custo unitário e um aumento de mais de seis vezes no número de dispositivos. Entre as novas funcionalidades estão o reconhecimento facial para localizar suspeitos ou pessoas desaparecidas, a leitura automática de placas para identificar veículos furtados ou irregulares, a detecção de movimentos e comportamentos suspeitos e a análise inteligente de vídeo com respostas em tempo real.

Fim dos totens

Os cinco totens do sistema anterior foram retirados após o fim do contrato, já que não geravam resultados efetivos. Cada um custava R$ 14,9 mil por mês, totalizando quase R$ 900 mil ao ano.

Segundo o secretário municipal de Segurança, Francisco Leudomar Nóbrega dos Santos, nenhum registro de ocorrência foi feito por meio desses totens desde janeiro, e muitos acionamentos eram indevidos. Com a nova Muralha Digital, esses pontos passam a contar com câmeras modernas, recursos inteligentes e integração total à central de monitoramento.

Cobertura ampliada

O novo sistema vai cobrir áreas que antes não eram monitoradas, como o Terminal Urbano e o Terminal Rodoviário. A rede municipal de ensino receberá 124 câmeras de reconhecimento facial distribuídas entre escolas, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).

Além disso, pontos estratégicos como a Praça de Eventos do Centro Histórico, a Praça Thomas Sheehan, no Rocio, a Praça Portugal, o Hospital Regional do Litoral, ginásios esportivos, complexos comunitários e trapiches da Ilha do Mel, além das principais avenidas e áreas comerciais.

A central de operações, que antes funcionava em espaço improvisado na sede da Prefeitura, será transferida para o prédio da Polícia Federal, garantindo infraestrutura mais robusta e integração direta com a Guarda Civil Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal.

A tecnologia também vai permitir respostas mais rápidas e coordenadas em situações de emergência, aumentando a eficiência do atendimento às ocorrências e fortalecendo a atuação preventiva contra crimes.