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(Foto: LEC/DivulgaĂ§Ă£o)

Com a queda nas temperaturas, o Litoral do ParanĂ¡ tem recebido visitas dos pinguins-de-MagalhĂ£es SĂ³ no Ăºltimo fim de semana, 11 animais foram resgatados com vida e mais de 20 jĂ¡ chegaram sem sinais vitais.

Esses pinguins vĂªm da PatagĂ´nia Argentina, onde vivem em colĂ´nias, e viajam em direĂ§Ă£o ao norte em busca de alimento e Ă¡guas mais quentes. Mas durante a travessia, entre maio e setembro, muitos se perdem da rota e acabam chegando debilitados Ă  costa brasileira, inclusive nas praias de municĂ­pios como Pontal do ParanĂ¡, Matinhos, Guaratuba e Ilha do Mel.

A maioria dos animais encontrados estĂ¡ exausta, desidratada e com sinais de interaĂ§Ă£o com redes de pesca.

Resgate e cuidados com os pinguins

O atendimento aos pinguins encalhados Ă© feito pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), coordenado no estado pelo LaboratĂ³rio de Ecologia e ConservaĂ§Ă£o da UFPR (LEC-UFPR), com base em Pontal do ParanĂ¡.

Os pinguins que ainda estĂ£o vivos sĂ£o levados para o Centro de ReabilitaĂ§Ă£o da Fauna Marinha da UFPR (CReD). LĂ¡, eles recebem atendimento veterinĂ¡rio, alimentaĂ§Ă£o balanceada e passam por cuidados intensivos para recuperaĂ§Ă£o. Todos os dados sĂ£o inseridos no sistema SIMBA, que ajuda em pesquisas sobre a espĂ©cie e o oceano.

Segundo o veterinĂ¡rio FĂ¡bio Henrique de Lima, responsĂ¡vel tĂ©cnico pelo trabalho, o suporte rĂ¡pido faz diferença na chance de sobrevivĂªncia dos animais. Durante a reabilitaĂ§Ă£o, os profissionais cuidam da temperatura corporal, hidrataĂ§Ă£o e nutriĂ§Ă£o dos pinguins.

Como a populaĂ§Ă£o pode ajudar

Com a chegada do inverno, a tendĂªncia Ă© que mais pinguins apareçam nas praias do ParanĂ¡. Se encontrar um pinguim encalhado, a instruĂ§Ă£o Ă© nĂ£o tocĂ¡-lo e nĂ£o devolvĂª-lo ao mar. A aproximaĂ§Ă£o pode agravar o estado de saĂºde do animal, que jĂ¡ estĂ¡ bastante frĂ¡gil.

O ideal Ă© acionar imediatamente os canais de resgate, que fazem o atendimento especializado.