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Samu pode ser regulado por Curitiba. Foto Flávia Adans

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Litoral pode passar a ter sua regulação por Curitiba. O assunto tem sido o foco de reuniões do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (Cislipa).

O diretor executivo do Cislipa, Daniel Fangueiro explica que ainda não há nada definido e que o assunto está sendo debatido. “Isso depende de um consenso dos gestores. O Cislipa enquanto consórcio, não tem deliberação alguma sobre isso. Quem decidirá são os gestores de cada município e não tem nada definido ainda”, observa Fangueiro, mas reforça que realmente existe uma intenção de que essas regulações do Samu sejam feitas pelas quatro macrorregionais. “Como o Paranaguá está muito próximo da 2.ª Regional de Saúde, provavelmente a regulação será feita por ela. Existe uma conversa e essa conversa já está avançada”, comenta. A 2.ª Regional de Saúde corresponde a Curitiba.

Com a intenção de que essa regulação, ainda no final do primeiro semestre, já comece a fazer essa transição. O Cislipa, enquanto órgão operador, manifestou algumas preocupações com relação a essa transição. “Embora a vontade final, o curso final, seria definido pelos gestores, como operador do Samu, colocamos em mesa algumas questões técnicas que os gestores devem discutir e avaliar para que realmente isso possa fazer bem para a população do nosso litoral e, não deixe as lacunas que hoje temos”, salienta Fangueiro. 

Conforme o diretor executivo, são dois cenários. Economicamente, aos municípios, aqueles que contribuem mensalmente para o consórcio, é uma economia já que eles gastam com a regulação e pagam ao Cislipa. Uma vez que não haverá essa regulação no litoral, a transferência de recursos não vai mais existir e uma economia de aproximadamente R$1,5 milhão anualmente dividido proporcionalmente entre os municípios por percentual populacional de cada uma das cidades litorâneas. Paranaguá teria uma economia maior, porque é a que sustenta com mais robustez o consórcio.

“Por outro lado, não é só subir a regulação para Curitiba. Precisamos discutir o que faremos com relação aos funcionários daqui que estão contratados via concurso público, via Cislipa. Se formos fazer a rescisão desses funcionários. Além disso é preciso pensar de forma técnica quanto ao atendimento da população, a especificidade geográfica que temos. Hoje, por exemplo, temos aproximadamente 5 mil pessoas em ilhas onde não há sinal de celular e aqui, de uma forma menos formal, essa regulação é via aplicativo. Teria essa possibilidade de ser feita dessa maneira?”, indaga.

Nova reunião deve ocorrer em um prazo aproximado de 30 dias.