
Tânia Djanira Melo Brecker de Lorena, de 60 anos, terá de ficar mais de 27 anos presa por matar a própria filha para ficar com a guarda do neto. O crime, ocorrido no município de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no dia 12 de fevereiro de 2007, foi julgado nesta quinta-feira (18 de setembro) pelo Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul. Resultado: a mulher pegou 27 anos, 1 mês e 15 dias de prisão.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), responsável pela denúncia, Tânia teria assassinado a própria filha, Andréa Rosa de Lorena, para tentar ficar com a guarda do neto. Na época do crime, a vítima tinha apenas 23 anos de idade. Ela foi morta por asfixia após um almoço em família, do qual também participava seu padrasto, Everson Luís Cilian, de 54 anos, que também está preso.
Os dois ainda esconderam o corpo embaixo da cama, sendo encontrado somente dois dias depois. A vítima deixou dois filhos, um menino e uma menina, de 5 anos e 9 meses na época. O crime teria sido praticado pelos dois denunciados porque a avó queria ficar com o neto de 5 anos.
Julgamento
Na sessão de julgamento, encerrada perto da meia-noite desta quinta-feira, 18 de setembro, o Conselho de Sentença reconheceu as teses sustentadas na denúncia do Ministério Público do Paraná: a ocorrência do crime de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, com emprego de asfixia (com fio elétrico) e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O julgamento ocorreu em Campina Grande do Sul porque o município de Quatro Barras integrava a comarca na época do crime.
17 anos foragida
Tânia chegou a ficar 17 anos foragida. Em maio do ano passado, no entanto, foi encontrada e presa em Marilândia doSul, no norte do Paraná. A prisão foi efetuada poucos dias depois do caso ser exibido em rede nacional de televisão, noprograma Linha Direta da TV Globo, apresentado por Pedro Bial.
Nos anos em que ficou foragida, Tânia passou a usar o nome falso e se apresentava como Lurdes.